Descrição
A proteína constitui um dos principais nutrientes para a produção de leite e manutenção da saúde de vacas em lactação, sendo um dos fatores centrais nas decisões nutricionais em sistemas leiteiros. Foi realizado um levantamento com nutricionistas que atuam em fazendas leiteiras por meio do Google Forms, com o objetivo de caracterizar as práticas adotadas no balanceamento de proteína em dietas de vacas em lactação. O formulário recebeu 54 respostas válidas entre o segundo e o terceiro trimestre de 2024. As análises descritivas das respostas e o Teste de Independência (Qui-quadrado) para avaliar possíveis associações entre variáveis qualitativas foram feitas no software R, considerando o nível de significância de 5%. A produção total de leite foi de 1496,2 kg/dia, com média de 27,7 kg/vaca/dia em um total de 130.962 vacas em lactação. A variável “ferramentas utilizadas pelos nutricionistas” não apresentou correlação (P > 0,05) com fatores como produção média de leite (r =0,26; P =0,9600), sistema de ordenha (r =0,26; P =0,9600), participação em cursos ou workshops (r =0,2625; P =0,9600), busca por informações sobre nutrição proteica (r =0,26; P =0,9600) e número de dietas formuladas (r =0,26; P =0,9600). No entanto, observou-se correlação significativa (P < 0,05) entre essa variável e o número de vacas atendidas pelos nutricionistas (r =0,26; P =0,9600). A produção média de leite, apresentou correlação (P < 0,05) com a frequência de atualização das ferramentas (r =0,26; P =0,9600), e com o número de dietas formuladas (r =0,26; P =0,9600), mas não apresentou correlação com a busca por informações sobre nutrição proteica (r =0,26; P =0,9600) e o número de cursos frequentados pelos nutricionistas (r =0,26; P =0,9600). Foi observada associação entre a ocupação dos nutricionistas (autónomo, consultor, pertencente a fábrica de ração, empresa de nutrição ou outro) e a frequência de atualização das ferramentas (P = 0,421). Quanto às referências proteicas nas ferramentas, as percepções variaram entre os participantes. As classificações “muito boas” foram atribuídas principalmente para o NASEM (40%) e a outras ferramentas (44%), enquanto AMTS, planilha desenvolvida pelo Prof. Marcos Neves Pereira (DZO/UFLA) e RLM, receberam proporções reduzidas (4 a 8%). Quando avaliadas como “boas”, os dados mostraram uma distribuição mais equilibrada entre NASEM (27,8%), AMTS (25%), RLM e planilha UFLA (19,4% cada), na categoria “razoáveis, prevaleceu outras ferramentas, RLM e NASEM (25% cada). As diferentes abordagens observadas na nutrição proteica indicam estratégias que podem contribuir para otimizar a eficiência produtiva em sistemas leiteiros.
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