Descrição
Esta etapa preliminar da pesquisa “Inteligência Artificial na formação de professores de Letras: uma análise crítica do uso do Gemini sob a perspectiva da Teoria da Atividade” tem como propósito compreender o perfil e as percepções de licenciandos em Letras sobre o uso de ferramentas de Inteligência Artificial Generativa. A pesquisa está fundamentada na Teoria da Atividade (Vygotsky, 1998; Engeström, 2001; Nardi, 1998) a qual entende a tecnologia como elemento mediador no processo de aprendizagem, no qual sujeitos, artefatos e objetos se inter-relacionam. Metodologicamente, adota-se a Análise de Conteúdo Temática (Bardin, 2011), aplicada aos dados obtidos via formulário, com pré-análise, exploração e tratamento dos dados. As respostas indicam que os licenciandos encontram-se em um momento de descoberta e experimentação. Observou-se que, mesmo a maioria dos alunos declare já ter usado tais ferramentas, o uso hoje, se estabelece, de forma majoritária, como instrumental e voltado a tarefas pontuais. A conceituação de IA Generativa ainda não se mostra clara a tais alunos, algo que reflete diretamente a um uso mais “espontâneo”, carente de uma mediação. As respostas qualitativas nos levam a uma visão ambivalente: de um lado entusiasmo pela potencialidade, de outro, receio quanto à superficialidade, autonomia intelectual e questões éticas. Esses resultados iniciais, potencializam a necessidade de práticas formativas que incorporem essas ferramentas de forma ética, mediada e reflexiva. Reforçando também a relevância de se olhar para além do uso instrumental da ferramenta, integrando-a como objeto de reflexão e de construção ativa do conhecimento, tal qual vem a propor a teoria da atividade.
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