10 – 14 de nov. de 2025
UFLA
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Treinar para matar: O papel da experiência com presas na performance de Doru luteipes (Dermaptera: Forficulidae)

10 de nov. de 2025 13:30
1h 30m
Centro de Eventos (UFLA)

Centro de Eventos

UFLA

Avenida Norte - Lavrinhas, Lavras - MG, 37200-900
Resumo Simples Entomologia 1º Dia

Descrição

A tesourinha Doru luteipes (Scudder) (Dermaptera: Forficulidae) pode ser criada exclusivamente com dieta artificial. Entretanto, a experiência prévia no manuseio e consumo de presas pode ser importante para a melhoria da performance como inimigo natural. Portanto, objetivou-se avaliar o efeito que o contato com presas ao longo do desenvolvimento imaturo de D. luteipes pode ter sobre a capacidade predatória dos adultos. Ninfas de 2º instar de D. luteipes foram divididas em três grupos de acordo com a alimentação: i) alimentação exclusiva com dieta artificial (tratamento controle); ii) dieta artificial + ovos de Spodoptera frugiperda (Smith) (Lepidoptera: Noctuidae); iii) dieta artificial + pulgões Melanaphis spp. (Hemiptera: Aphididae). As ninfas foram alocadas em recipientes (9,5 × 7,5 cm) contendo dieta artificial fornecida ad libitum, papelão sanfonado e algodão umedecido. Semanalmente, nos tratamentos correspondentes, foram fornecidas duas posturas de S. frugiperda e duas folhas de milho infestadas por Melanaphis spp. Adultos recém-emergidos, após jejum de 24 h, foram individualizados em placas de Petri (9,0 × 1,5 cm), contendo 40 ovos de S. frugiperda ou 20 pulgões, correspondendo à experiência adquirida. A placa foi observada durante 15 min, anotando-se o tempo até o primeiro ataque e o consumo total. O bioensaio foi realizado em escotofase e durante a noite (19:00 - 21:00), e a performance predatória avaliada separadamente para ovos e pulgões, com 20 repetições. As análises foram realizadas no software R, através do ajuste de modelos lineares generalizados mistos (GLMM). As tesourinhas com experiência prévia no consumo de ovos de S. frugiperda apresentaram maior consumo (p < 0.05), entretanto, não houve diferença no tempo de busca até o início da alimentação (p = 0.06). Por outro lado, tesourinhas com experiência encontraram pulgões mais rapidamente (p < 0.001), mas não houve diferença no número de afídeos consumidos (p = 0.30). Os resultados indicam que a experiência com presas é importante para aprimorar o desempenho de D. luteipes na predação de ovos de lepidópteros e pulgões. No entanto, este aprimoramento dependerá da mobilidade da presa considerada.

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Autor

Ana Luisa Rodrigues Silva (UFLA)

Co-autores

Ana Vitória Niz Gomes da Silva (UFLA) Patrick Gualberto (UFLA) Rosangela Marucci (UFLA)

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