Descrição
C. torelliana é valorizada na formação de híbridos com C. citriodora, C. henryi e C. maculata, devido às suas características de facilidade na propagação vegetativa e resistência a estresses bióticos a abióticos. O conhecimento sobre a produção de mudas da espécie é essencial para programas de melhoramento genético, embora ainda pouco explorado. Desta forma, objetivou-se avaliar progênies mais aptas para o processo de estaquia, por meio da avaliação de características relacionadas ao processo rizogênico. As árvores matrizes foram oriundas de teste de progênies, no qual se realizou desbaste, mantendo cepas de 20 cm. Após três meses, coletaram-se as brotações de quatro indivíduos por progênie, transportadas ao viveiro e seccionadas em estacas de 10 cm, com folhas reduzidas a um terço de seu tamanho original. As estacas foram desinfetadas em solução de hipoclorito e imersas em solução hidroalcoólica com AIB (ácido indol-3-butírico) a 8000 mg L⁻¹. Em seguida, foram estaqueadas em tubetes de 55 cm³ com substrato Maxfertil® acrescido de fertilizante de liberação controlada. O experimento foi conduzido em casa de vegetação (≈27°C e 82% UR), em delineamento inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (progênies 20, 30, 39, 47 e 49), quatro repetições e 26 estacas por parcela. Após 45 dias, avaliaram-se os percentuais de mortalidade (PM), de enraizamento (PE), e de formação de calos sem enraizamento (CSE) das estacas. Os dados foram submetidos à ANOVA e, quando significativa, as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade, usando R Studio com o pacote ExpDes.pt. Não houve diferença para PM, cuja média geral foi de 24%. Houve diferenças significativas para PE e CSE. Para PE, as progênies 47, 39 e 49 obtiveram médias de 59%, 55% e 48%, não diferindo entre si, mas superiores às progênies 29 e 30, que apresentaram 28% e 18%. Para CSE, as progênies 30 e 29 diferiram entre si, com 65% e 43%, enquanto 49, 39 e 47 foram inferiores às primeiras e apresentaram 23%, 23% e 21%, sem diferença entre si. As progênies 47, 39 e 49 destacaram-se como mais promissoras para a estaquia caulinar. Entretanto, ainda são necessários estudos complementares, como de tipos de substratos e doses de AIB, para aumentar ainda mais seus percentuais de enraizamento.
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