10 – 14 de nov. de 2025
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ANÁLISE TEMPORAL DAS QUEIMADAS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS DO BIOMA MATA ATLÂNTICA

12 de nov. de 2025 13:30
1h 30m
Centro de Eventos (UFLA)

Centro de Eventos

UFLA

Avenida Norte - Lavrinhas, Lavras - MG, 37200-900
Resumo Simples Engenharia Florestal 3º Dia

Descrição

As queimadas florestais representam uma das principais ameaças aos biomas brasileiros, especialmente dentro das Unidades de Conservação (UCs). A Mata Atlântica, um dos biomas mais fragmentados do país em razão das intensas pressões antrópicas, mostra-se vulnerável a esse tipo de ocorrência, principalmente devido à expansão urbana, industrial e agropecuária. Como consequência disso, observa-se a perda de cobertura vegetal, o comprometimento da regeneração natural, a afetação da fauna, o aumento do risco de degradação do solo e a redução dos serviços ecossistêmicos. Diante disso, esta pesquisa tem como objetivo avaliar o percentual de queimadas em Unidades de Conservação federais do bioma Mata Atlântica, em uma escala temporal de nove anos (2012 a 2021), a fim de verificar se a proteção conferida a essas áreas está sendo efetiva. Foram utilizados dados abertos referentes às queimadas registradas em 74 UCs, disponibilizados pelo ICMBio (2024). O banco de dados resulta de mapeamento por sensoriamento remoto, que identifica cicatrizes de queimadas a partir de imagens dos satélites MODIS Rapid Response, Landsat 8, Sentinel-2 e CBERS-4, por meio de interpretação visual. As informações sobre as áreas florestais do bioma foram obtidas do MapBiomas (2024). A série histórica (2012–2021) evidencia variações expressivas na área total queimada dentro das UCs federais da Mata Atlântica. O ano de 2012 apresentou um pico de 17.689,68 hectares (0,016% da área total do bioma), seguido por forte redução em 2013 (707,53 ha; 0,0006%). Em 2014 e 2015, observou-se nova elevação, com valores próximos de 0,012% da área afetada em ambos os anos. Em 2016, houve nova queda (8.734,91 ha; 0,0079%), seguida por um expressivo aumento em 2017, que apresentou 48.445,03 hectares queimados, o maior valor até então, equivalente a 0,0438% da área total do bioma. Em 2018, as queimadas voltaram a diminuir para 1.036,03 hectares (0,0009%), mas o cenário voltou a se intensificar em 2019, com 14.275,51 hectares (0,0129%). Por fim, os anos de 2020 e 2021 destacaram-se como os mais críticos de toda a série, registrando 46.186,48 hectares (0,0418%) e 54.253,61 hectares (0,0490%), respectivamente. Dessa forma, mesmo nos anos de maior incidência, as áreas afetadas corresponderam a uma fração reduzida da extensão total do bioma, sugerindo que as Unidades de Conservação federais desempenham papel relevante na limitação da propagação do fogo e na manutenção da integridade ecológica desses territórios.

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Autores

Kaio Ramon de Sousa Magalhães (UFLA) Sérgio Abílio Azevedo (UFLA) Lucas Guimarães Pereira (UFLA) Ruann Rubens de Souza Santos (UFLA) Thiago Martins santos (UFLA) Mayara de Lima Ferreira (UFLA) Wigor Deivid de Melo Santos (UFLA) Ana Carolina Maioli Campos Barbosa (UFLA)

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