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Geração e Uso de Biogás a Partir do Esterco Bovino como Estratégia para a Sustentabilidade em Moçambique: O Caso do Distrito de Mogovolas

12 de nov. de 2025 16:00
1h 30m
Centro de Eventos (UFLA)

Centro de Eventos

UFLA

Avenida Norte - Lavrinhas, Lavras - MG, 37200-900
Resumo Simples Engenharia Ambiental 3º Dia

Descrição

A criação de gado bovino em Moçambique, atividade socioeconômica proeminente em províncias como Gaza, Maputo, Inhambane, Manica, Tete e Nampula (onde se insere o distrito de Mogovolas), contribui significativamente para a degradação ambiental [1]. O grande número de animais consome a vegetação e gera resíduos, intensificando a pressão sobre os recursos florestais, que são amplamente utilizados como fonte de energia (lenha e carvão vegetal) para a cocção de alimentos. Além disso, a pecuária é uma fonte notável de gases de efeito estufa, com emissões de metano (CH₄) provenientes da fermentação entérica e das fezes, e óxido nitroso (N₂O) liberado pelas fezes e urina [2]. Diante desse cenário, propõe-se a utilização de dejetos de animais para a produção de biogás, visando o consumo doméstico em fogões e a redução da dependência de combustíveis florestais. Esta iniciativa envolve a instalação de biodigestores rurais que processam o esterco bovino. A pesquisa prevê o envolvimento direto das comunidades do distrito de Mogovolas, que participarão ativamente na construção e montagem dos biodigestores, bem como na coleta, fornecimento e tratamento do esterco. A aquisição de fogões simples para o uso do biogás complementará a implementação do projeto. Os benefícios esperados desta proposta são multifacetados. Estima-se que aproximadamente 500 famílias possam aderir e se beneficiar do biogás gerado, o que resultará na redução do volume de matéria vegetal utilizada para cozinhar. Adicionalmente, o processo de biodigestão produz um biofertilizante líquido de alta qualidade, rico em microrganismos, sais e compostos orgânicos e inorgânicos [1]. Este biofertilizante não só atua na nutrição das plantas, mas também melhora a atividade microbiana do solo, contribuindo para a recuperação vegetal e impulsionando a horticultura como uma nova atividade geradora de renda. Esta abordagem integrada contribui diretamente para diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), incluindo o ODS 7 (Energia Limpa e Acessível), ao promover uma fonte de energia renovável; o ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima), pela redução das emissões de metano e óxido nitroso; e o ODS 15 (Vida Terrestre), ao diminuir a pressão sobre as florestas e promover a recuperação vegetal. Indiretamente, apoia o ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável) e o ODS 3 (Saúde e Bem-Estar), ao melhorar a segurança alimentar e reduzir a poluição do ar interior. O projeto demonstra um modelo sustentável de gestão de resíduos que promove o desenvolvimento socioeconômico e ambiental em comunidades rurais de Moçambique.

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Autor

CELESTINO JOAO (AMELIA MUALUCO E JOAO BAPTISTA LENÇO)

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