Descrição
A medição do volume de frutos de café é relevante para o dimensionamento e o controle de processos na cadeia agroindustrial. Este estudo avaliou o desempenho preditivo de diferentes modelos para prever o volume de frutos de Coffea canephora a partir de medições físicas indiretas (dimensões lineares e massa), utilizando o volume obtido por escaneamento 3D como referência. A amostra consistiu de 41 frutos. As medições das três dimensões lineares ortogonais do fruto, comprimento (eixo polar), largura e espessura (eixos equatoriais), denotadas d1, d2 e d3, foram feitas com paquímetro (resolução de 0,02 mm), e a massa foi registrada com balança analítica AG200 (4 casas decimais). O volume de referência correspondeu ao volume obtido por escaneamento 3D, realizado com o braço de medição FARO Quantum FaroArm® (7 eixos) e o escâner QUANTUMS SCANARM HD (FARO Technologies, EUA). Os dados foram processados no software PolyWorks MS® v.2022 (InnovMetric Software Inc., Canadá). Desenvolveram-se 10 modelos preditivos, 9 estocásticos lineares e 1 determinístico não linear, para prever o volume a partir de d1, d2, d3 e massa. Os modelos foram treinados no conjunto treino (70%) e comparados no conjunto teste (30%) utilizando a Raiz do Erro Quadrático Médio (REQM) como métrica de erro de predição, sendo que o procedimento foi repetido 10.000 vezes e apresentada a média do REQM nas 10.000 iterações. O modelo que combinou d1, d2, d3 e massa apresentou o menor REQM (56,18 mm³), enquanto o modelo com apenas d1, d2 e d3 obteve 67,56 mm³, mostrando que as dimensões geométricas, por si sós, já permitem boa estimativa do volume, embora a inclusão da massa agregue ganho adicional. Entre modelos puramente dimensionais, incluir d3 trouxe ganho marginal (ΔREQM ≈ 4 mm³). Conclui-se que modelos baseados nas dimensões do fruto e no peso são mais acessíveis e eficientes, mantendo boa concordância com o volume de referência, com desempenho consistente fora da amostra.
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