Descrição
A perda de carga é um fenômeno importante na hidráulica e sua estimativa assertiva é imprescindível para os dimensionamentos de instalações hidráulicas. Ao utilizar a Fórmula Universal da Perda de Carga, é necessário o conhecimento do fator de atrito f, e sua obtenção pode ser feita por meio de distintos equacionamentos. Neste sentido, objetivou-se por meio deste trabalho a comparação entre o fator de atrito (f) determinado por meio de dois equacionamentos em um módulo hidráulico didático com tubulações de cobre para distintas velocidades e números de Reynolds (Rey). Em cada ensaio, a variação da vazão foi feita por meio da associação de bombas, controle em registro e por meio de inversor de frequências do conjunto motobomba. A vazão foi obtida por meio do método volumétrico. Posteriormente, calculou-se a velocidade média do escoamento e obteve-se o Rey. O escoamento foi classificado como turbulento com tubo hidraulicamente liso, e utilizou-se a Equação de Blasius para estimar o f. Para comparações, utilizou-se a Equação de Colebrook-White para a estimativa de f, que considera o Rey e a espessura das rugosidades da tubulação (adotado 0,01 mm). A Equação de Blasius é utilizada para estimar o f no regime turbulento, para os tubos hidraulicamente lisos. Já a de Colebrook-White, é indicada para os tubos hidraulicamente mistos, mas apresenta bons resultados para as demais classificações no regime turbulento. Os resultados mostraram que a Equação de Colebrook-White superestimou o fator de atrito f, com valores superiores de 0,93% a 4,86%. Além disso, a correlação de Pearson entre o fator de atrito calculado pelas distintas equações foi de 0,999 com um coeficiente de determinação de 0,998 e um viés observado de 2,24%. Como o fator de atrito f é diretamente proporcional à perda de carga (hf), a utilização da Equação de Colebrook-White levaria à superestimativa da hf.
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