Descrição
A deficiência de selênio (Se) é um problema de saúde pública, e a biofortificação agronômica surge como uma estratégia alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para enriquecer alimentos e promover a saúde. Este estudo avaliou a eficácia da biofortificação do alho nobre (Allium sativum L.) com Se via aplicação foliar, focando nos teores obtidos do elemento nas plantas e na sua potencial contribuição para a dieta humana. O experimento consistiu na aplicação de cinco doses de selenato de sódio (0 a 100 g ha⁻¹) em duas épocas, aos 30 e 60 dias após o plantio (DAP). Os resultados indicaram que a aplicação de selênio aumentou linearmente sua concentração na parte aérea, atingindo até 1,88 mg kg⁻¹ na dose máxima, independentemente da época de aplicação. De forma semelhante, o teor nos bulbos também aumentou linearmente, com a aplicação aos 60 DAP mostrando-se mais eficiente para o acúmulo. Nesta condição, a dose máxima elevou a concentração nos bulbos para 1,93 mg kg⁻¹, valor 52 vezes superior ao controle, sem causar fitotoxicidade ou comprometer características agronômicas. Uma simulação baseada no consumo médio de alho no Brasil (4,1 g/dia) estimou que a ingestão dos bulbos biofortificados com a dose máxima forneceria 2,77 µg de Se por dia. Esse valor representa 5% da ingestão diária recomendada, posicionando a técnica como uma estratégia complementar viável. Conclui-se que a aplicação foliar de selênio é uma ferramenta segura e eficaz para aumentar o valor nutricional do alho, contribuindo para a diversificação das fontes de selênio na dieta e para o fortalecimento da segurança alimentar, em consonância com o ODS 3 (Saúde e Bem-Estar).
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