Descrição
A estabilidade de agregados é um indicador essencial da qualidade física do solo, refletindo o equilíbrio entre minerais, matéria orgânica (MO) e atividade biológica. Sua formação depende do manejo adotado. Adoção de práticas conservacionistas favorece a agregação, enquanto intervenções intensas, como a subsolagem, desestruturam temporariamente o solo. Este estudo foi realizado em Sapezal (MT), avaliando estabilidade de agregados, umidade e MO sob dez sistemas de manejo (T1 a T5, T14, T16 a T19), com destaque para T16 (sem revolvimento), T17 (última subsolagem em 2020) e T19 (última subsolagem em 2015). As amostras foram coletadas na camada superficial e a estabilidade de agregado foi determinada pelo método de Yoder (1936), determinando o diâmetro médio ponderado (DMP) e geométrico (DMG), além dos teores de umidade gravimétrica e matéria orgânica (MO). A análise multivariada (ANOVA) indicou efeito significativo dos tratamentos sobre as variáveis (Wilks’ Lambda = 0,015; F = 3,74; p < 0,001). Nas análises univariadas, DMP, DMG e umidade foram significativamente afetados, enquanto MO não apresentou variação significativa. Os tratamentos T5 e T2 mostraram maior estabilidade estrutural, associados à cobertura vegetal e menor perturbação. Já T16 e T17 apresentaram agregados menos coesos, refletindo compactação ou efeito disruptivo da subsolagem. As correlações de Pearson corroboram com os resultados, uma vez que DMP e DMG correlacionaram-se positivamente (r = 0,85), enquanto ambos apresentaram correlação negativa com a umidade (r = –0,45 e –0,73, respectivamente). A MO correlacionou-se positivamente com a umidade (r = 0,38), sugerindo maior retenção hídrica, embora sem impacto imediato na estabilidade estrutural. Conclui-se que, nas condições estudadas, a estabilidade dos agregados é influenciada majoritariamente por fatores físicos e pelo histórico de manejo, com papel secundário da MO no curto prazo.
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