Descrição
Palavras-chave: Saúde do solo, bioporos, resistência à penetração.
A compactação do solo é um desafio da produção de grãos sob sistema de plantio direto, comprometendo a porosidade do solo e a produtividade agrícola. A diversificação de plantas nos ambientes de produção por meio da inclusão de plantas de cobertura em consórcio pode ser alternativa para recuperar a estrutura solo e manter o equilíbrio produtivo. O estudo avaliou diferentes tipos de manejo na segunda safra para mitigar os efeitos da compactação do solo sobre a estrutura física e produtividade da cultura do feijão cultivada na sucessão. O experimento vem sendo conduzido desde 2022 em Lavras, Minas Gerais, Brasil, em Latossolo Vermelho-Amarelo distrófico, com delineamento fatorial 3x4 em blocos casualizados com três repetições. Os tratamentos combinaram três níveis de compactação: sem compactação (SCA), compactação com seis passadas de trator (CA6) e compactação com 12 passadas de trator (CA12), e quatro manejos na segunda safra: monocultivo de sorgo – controle (C); subsolagem + sorgo (S); sorgo consorciado com braquiária e crotalária (SBC); subsolagem + sorgo consorciado com braquiária e crotalária (SSBC). Nas safras de verão foi cultivado feijão. Amostras indeformadas de solo foram coletadas nas safras 2022/23 e 2023/24 nas profundidades de 0-0,05, 0,15-0,20 e 0,25-0,30 m. Foram determinadas a densidade do solo (Ds) (anel volumétrico), porosidade total (PT) (solo saturado), a microporosidade (Mi) pela umidade na tensão de 6 kPa, a macroporosidade (Ma) (PT–Mi=Ma) e a resistência à penetração em 100 kPa (RP) com penetrômetro de bancada. Os dados foram submetidos a análise de variância e teste de Tukey (p<0.05). A subsolagem obteve efeito sinérgico com plantas de cobertura, aumentando em 26% a Ma, no SBC a RP reduziu de 2,64 MPa para 1,44 MPa na camada de 0,15-0,20 m nos dois níveis de compactação. Na safra 2023/24 com déficit hídrico acentuado a produtividade foi maior no SCA (20 sc/ha), diferindo de CA6 (13 sc/ha) e CA12 (12 sc/ha). Os resultados indicaram que plantas consorciadas promoveram melhorias na qualidade física do solo e melhores efeitos na descompactação se comparada com a operação mecânica isolada.
Agradecimentos: UFLA, DCS, CAPES, CNPq e FAPEMIG
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