10 – 14 de nov. de 2025
UFLA
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Valorização Sustentável da Película Prateada do Café: Fontes de Compostos Bioativos e Melanoidinas

12 de nov. de 2025 13:30
1h 30m
Centro de Eventos (UFLA)

Centro de Eventos

UFLA

Avenida Norte - Lavrinhas, Lavras - MG, 37200-900
Resumo Simples Agroquímica 3º Dia

Descrição

O café é uma dos produtos agrícolas mais comercializados do mundo e desempenha papel essencial na economia brasileira, colocando o país como líder global em produção e exportação. No entanto, a cadeia produtiva do café gera grandes volumes de resíduos em todas as suas etapas, desde o beneficiamento até a torrefação. Entre esses subprodutos, destaca-se a película prateada do café, uma camada fina que recobre o grão e se desprende durante o processo de torra. A película prateada tem despertado crescente interesse científico por ser rica em compostos bioativos, como polifenóis, melanoidinas, cafeína e fibras, que podem ser aproveitados em aplicações funcionais e sustentáveis. Diante deste cenário, este estudo buscou comparar os extratos filtrado (F-CSE) e não filtrado (CSE) da película prateada, avaliando o teor de compostos fenólicos totais, atividade antioxidante e nível de melanoidinas - compostos formados na reação de Maillard. A extração foi realizada com etanol e água a 100 °C, por 5 minutos, seguida de ultrafiltração com membrana de 10 kDa. As análises incluíram espectroscopia UV-Vis, determinação de fenólicos totais pelo método de Folin-Ciocalteu, ensaio antioxidante (DPPH) e quantificação de melanoidinas, utilizando caramelo (E-150d) como padrão. Os resultados indicaram que o F-CSE apresentou maiores teores de melanoidinas (293,5 mg eq. caramelo/g) e fenólicos totais (63 mg eq. ácido gálico/g) em comparação ao CSE (180,25 mg eq. caramelo/g e 51 mg eq. ácido gálico/g, respectivamente). Além disso, o F-CSE exibiu melhor atividade antioxidante, evidenciada pelo menor IC₅₀ (216,87 ppm) frente ao CSE (238 ppm). Esses resultados sugerem que o processo de ultrafiltração concentrou moléculas bioativas, elevando a capacidade antioxidante do extrato. Asasim, conclui-se que a película prateada do café, tradicionalmente descartada, é uma matriz promissora para o desenvolvimento de produtos funcionais e sustentáveis, contribuindo para o aproveitamento integral dos resíduos da indústria cafeeira e a redução do impacto ambiental.

Selecione a modalidade do seu trabalho Resumo Simples

Autor

Fabiana Moreira de Carvalho (UFLA)

Co-autores

Adriene Simões Pires (UFLA) Barbara Bellete (DQI / UFLA) Bruna Helena Teixeira (UFLA) Isabelli Luani Laís Maciel (Maria Aparecida de Souza Maciel) Luciana Lopes Silva Pereira (UFLA) Marcos Vinicios Silva (UFLA) Meline de Oliveira Santos (EPAMIG) Sérgio Scherrer Thomasi (Ufla)

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