Descrição
A pitaia (Selenicereus spp.), tem ganhado destaque crescente no mercado de frutas tropicais. Assim como outras frutíferas, sua produção pode ser influenciada por estresses abióticos, como a salinidade. Diante disto, a cultura de tecidos tem sido amplamente utilizada em estudos que exploram a relação entre plantas e estresses ambientais. Este estudo teve como objetivo avaliar as respostas fitotécnicas, fisiológicas e bioquímicas do cultivo in vitro de três espécies de pitaya sob estresse salino. Pitaia vermelha (Selenicereus polyrhizus), pitaya branca (Selenicereus undatus) e um híbrido (Selenicereus polyrhizus x Selenicereus undatus) foram cultivadas sob diferentes concentrações de NaCl: 0, 50, 100 e 150 mM. A pitaia vermelha apresentou a menor redução em altura da planta (43%) a 150 mM de NaCl, em comparação à pitaia branca (63%) e ao híbrido (54%). O desenvolvimento radicular também foi negativamente afetado pelo estresse salino, onde a pitaia branca apresentou uma redução de 48% no comprimento da maior raiz a 150 mM. Já o extravasamento de eletrólitos, aumentou de 49% para 83% entre os tratamentos, enquanto a integridade de membranas caiu de 23% para 7% com o aumento da salinidade. O teor de clorofila a também diminuiu à medida que a concentração de NaCl aumentou. Os resultados indicaram que a pitaia vermelha manteve melhor desempenho fitotécnico sob salinidade, mostrando-se tolerante e uma espécie promissora para o cultivo em ambientes salinos. Os resultados também reforçam a efetividade do cultivo in vitro como ferramenta para triagem de tolerância à salinidade.
Palavras-chave: Micropropagação, Salinidade, Pitaia, Cactaceae
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio financeiro das agências CAPES, CNPq e FAPEMIG.
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