Descrição
Palavras-chave: Coffea arabica, hibridação do cafeeiro, melhoramento genético.
O café é uma das bebidas mais consumidas globalmente, classificando-se como a segunda comodity mais comercializada no mundo. O Brasil se destaca como principal produtor e exportador de café a nível mundial, com sua cadeia produtiva envolvendo cerca de 2000 municípios e impactando diretamente mais de 8 milhões de brasileiros. Assim, o desenvolvimento de cultivares de café melhoradas representa uma das estratégias mais promissoras e sustentáveis para enfrentar os desafios da produção global de café. Nesse sentido, a heterose, tem favorecido o sucesso agrícola de diferentes culturas, atendendo às necessidades dos agricultores na busca por negócios mais rentáveis, impulsionados principalmente pelo aumento da produtividade e eficiência agronômica. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a existência e magnitude da heterose em quatro híbridos F1 de Coffea arábica L. Os experimentos, conduzidos no município de Três Pontas-MG, seguiram o delineamento de blocos ao acaso (DBC), com quatro repetições e 10 tratamentos por parcela, totalizando 40 parcelas experimentais compostas por sete plantas. As colheitas foram realizadas anualmente, durante os anos de 2022, 2023, 2024 e 2025 considerando o volume de frutos de café obtido em cada parcela, convertido em sacas de 60 kg de café beneficiado por hectare (sc. ha-1). Os dados obtidos em cada safra foram utilizados para compor a produtividade média e então foi calculada a heterose média (MH%) e a heterobeltiose (H%) de quatro híbridos F1 de Coffea arábica L.: Híbrido 1 (Sachimor 8840 x MG0176(1-10)R2 Amphilo), híbrido 2 (Sachimor 8840 x IPR100), híbrido 3 (MGS Paraísso 2 x MG0176(1-10)R2 Amphilo) e híbrido 4 (Catuaí amarelo IAC 62 x MGS Aranãs). Foram observadas variações na heterose média entre as combinações, em que os híbridos 1 (-7,75%) e 2 (-10,93%) obtiveram valores negativos, indicando cruzamentos geneticamente próximos, enquanto os híbridos 3 (9,92%) e 4 (22,39%) obtiveram heterose média positiva, já para a heterobeltiose os resultados obtidos foram similares, com valores negativos para os híbridos 1 (-20,10%) e 2 (-25,77%) e positivos dos híbridos 3 (0,55%) e 4 (15,06%). Considerando os valores observados da heterose média e a heterobeltiose dos híbridos 3 e 4, as hibridações avaliadas apresentaram ganhos promissores para produtividade o que reforça o potencial da aplicação dessa tecnologia para o futuro do melhoramento de C. arábica L.
Agradecimentos: Os autores agradecem o apoio financeiro das agências CAPES, CNPq, FAPEMIG, Consórcio Pesquisa Café e INCT-Café.
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