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RESILIÊNCIA ECONÔMICA E VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA: UMA ANÁLISE DINÂMICA DOS MUNICÍPIOS MINEIROS (2014–2020).

11 de nov. de 2025 16:00
1h 30m
Centro de Eventos (UFLA)

Centro de Eventos

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Avenida Norte - Lavrinhas, Lavras - MG, 37200-900
Resumo Simples Administração 2º Dia

Descrição

A pesquisa analisa a influência das vulnerabilidades socioeconômicas sobre a resiliência econômica dos municípios mineiros entre 2014 e 2020. Fundamentada na abordagem de resiliência proposta por Simmie e Martin (2009) e Delgado-Bello et al. (2023), a análise adota a perspectiva da engenharia (Holling, 1973), que compreende resiliência como a capacidade de retornar ao equilíbrio após choques, enfatizando resistência e recuperação. De acordo com Andrade e Ayala (2017), essa capacidade permite modular os impactos de crises, preservando o crescimento econômico. A vulnerabilidade socioeconômica, conforme Vitorino e Neto (2023) e Carvalho et al. (2023), é tratada como uma condição multidimensional de fragilidade social e material, resultante da interação entre fatores econômicos, sociais e territoriais que limitam a capacidade de resposta dos municípios a crises. Empiricamente, foi utilizado um modelo de dados em painel dinâmico estimado pelo Método dos Momentos Generalizados (Arellano & Bond, 1991), com dados do Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS) e do DATASUS, do estado de Minas Gerais. A taxa de emprego formal foi empregada como proxy de resiliência econômica, enquanto PIB per capita, analfabetismo funcional, mortalidade infantil e pobreza infantil representaram as vulnerabilidades. Os resultados indicam persistência moderada da taxa de emprego (coeficiente = 0,28), evidenciando um processo de recuperação gradual. O PIB per capita apresentou efeito positivo e significativo, confirmando que maior renda aumenta a capacidade municipal de manutenção do emprego (Lopes et al., 2019; Eberhardt & Fochezatto, 2023). Em contrapartida, o analfabetismo funcional, a mortalidade infantil e a pobreza infantil apresentaram impactos negativos significativos, mostrando que fragilidades sociais reduzem a capacidade de reação aos choques (Diel, 2014; Capucha, 2019). Esses resultados sugerem que o fortalecimento da resiliência econômica exige políticas públicas integradas voltadas à educação básica, à saúde e à redução da pobreza infantil. Assim, conclui-se que a redução das vulnerabilidades socioeconômicas é condição essencial para aumentar a resiliência econômica e mitigar riscos em contextos territoriais desiguais, promovendo maior estabilidade e equidade regional em Minas Gerais.

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Autor

Nataly Silva Vital (UFLA)

Co-autores

Marcela Conceição de Azevedo Fantazzini Vaz (UFLA) Marcelo Castro Ávila (UFLA) Tainara Gomes Cândida da Silva Renato Campos (UFLA)

Materiais de apresentação

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