Descrição
Palavras-chave: Práticas ESG, Desempenho Econômico-Financeiro, Análise Multivariada.
Atualmente, os investidores consideram fatores sociais, ambientais e de governança (ESG) em sua tomada de decisão (Balassiano; Ikeda; Jucá, 2023). Essa tendência destaca a crescente preocupação dos investidores com os efeitos socioambientais de suas aplicações, incentivando as empresas a implementarem condutas mais responsáveis (Borsatto; Baggio; Brum, 2023). Neste contexto, este estudo teve como objetivo investigar a relação entre o desempenho em ESG e os resultados econômico-financeiros das empresas que estão listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 (ISEB3). A pesquisa foi realizada por meio de um levantamento documental e análise estatística utilizando dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do banco de dados ESG Workspace da B3, cobrindo o período de 2021 a 2024. As variáveis sob análise foram baseadas em De Sousa Neto e Correia (2024): ROA (dependente); Capital Humano (CapHum); Governança Coorporativa e Alta Gestão (GovLtGE); Modelo de Negócios e Inovação (ModNegInoV); Capital Social (CapSoc); Meio Ambiente e (Meio Amb) e; Mudança do Clima (Muclim). As variáveis foram submetidas a um modelo de análise de regressão linear múltipla com dados em painel, empregando os modelos econométricos Pooled, Efeitos fixos e Efeitos Aleatórios. Para a escolha entre o modelo de efeitos fixos e o model Pooled, utilizou-se o Teste de Chow. Já o Teste de Hausman foi realizado para a escolha entre o modelo fixo e aleatório. Foram feitas análises para verificar a presença de heterocedasticidade e autocorrelação nos dados. Os achados demonstram uma relação positiva entre o desempenho em ESG e o desempenho econômico-financeiro. Dentre as variáveis investigadas, o componente ambiental mostrou uma ligação estatisticamente significativa e positiva com o Retorno sobre Ativos (ROA), indicando que boas práticas ambientais afetam favoravelmente a lucratividade das empresas. Foi possível inferir que o desempenho ambiental se mostrou um fator crucial para o desempenho econômico-financeiro, corroborando pesquisas anteriores. Para pesquisas futuras, sugere-se ampliar o intervalo de tempo e incluir um maior número de empresas em futuras investigações para aprofundar a análise dos efeitos das práticas de ESG a longo prazo.
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio financeiro das agências CAPES, CNPq e FAPEMIG.
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