Descrição
A autoavaliação institucional é entendida como um processo em que a própria instituição assume o protagonismo sobre seus processos de avaliação que busca evidenciar seus pontos fortes e fracos, com possibilidade de elaborar ações de melhoria. Na pós-graduação, a CAPES implantou, em 2018, a autoavaliação como instrumento de fortalecimento da identidade e da qualidade dos programas. Este estudo parte do pressuposto de que a relação entre orientador e orientando é um elemento central no percurso acadêmico e pode influenciar de forma significativa o bem-estar psicológico dos discentes, já que trabalhos recentes evidenciam a ascensão de casos de adoecimento psíquico desses alunos, tendo causas multifatoriais que vão desde as exigências intensas dessa formação até a relação orientador-orientando conturbada. Desta forma, sendo a autoavaliação na pós-graduação uma estratégia para melhoria da excelência desse nível de educação com potencial de contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas e ajustes nesses programas, essa pesquisa tem como problema o seguinte questionamento: baseando-se na autoavaliação de discentes de pós-graduação strictu sensu, quais são os fatores que associam o adoecimento mental desses acadêmicos com o papel do orientador e a relação orientador-orientando? A partir da questão norteadora, explicitada acima, tem-se como objetivo geral: investigar, sob a perspectiva de pós-graduandos, se a relação com o orientador e o processo de orientação não efetivo pode agravar e/ou contribuir com o adoecimento mental. Acerca dos objetivos específicos, esses são: compreender o papel do orientador sob a ótica de pós-graduandos e o impacto do processo de orientação no percurso formativo; analisar quais aspectos, no que se refere à conduta do orientador, podem afetar a saúde mental desses discentes; explorar o conhecimento desses sujeitos sobre a autoavaliação e sua importância para a construção de uma educação democrática. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que será desenvolvida com doutorandos de uma Universidade Federal. A coleta de dados ocorrerá por meio de questionários online, contemplando informações de perfil, conhecimento sobre autoavaliação e relação orientador-orientando. Os dados serão analisados pela técnica de Análise de Conteúdo de Laurence Bardin, com auxílio do software IRaMuTeQ. Espera-se que os resultados subsidiem políticas institucionais para promoção da saúde mental, incentivem práticas de orientação mais saudáveis, apoiem ajustes nos programas de pós-graduação e fortaleçam a autoavaliação como ferramenta de reflexão crítica e melhoria contínua.
| Selecione a modalidade do seu trabalho | Resumo Simples |
|---|