Descrição
A obesidade, doença multifatorial em crescente prevalência, está associada a
várias fatores, tanto comportamentais quanto metabólicos. Estudos recentes têm
mostrado uma associação entre a fisiologia oral e a predisposição para obesidade, com
evidências de que as disfunções nesse sistema impactam diretamente o consumo
alimentar. Este estudo teve como objetivo avaliar a relação entre fisiologia oral,
características antropométricas e os fatores socioeconômicos. Trata-se de um estudo
transversal, que incluiu adultos entre 19 e 59 anos, de ambos os sexos. Um total de 49
voluntários, com dentição natural, foi recrutado de forma aleatória para comparecer à
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Minas Gerais. Todos responderam a um
questionário de anamnese e foram avaliados quanto ao Índice de Massa Corpórea (IMC)
e exame clínico intraoral. Foram avaliadas a força máxima de mordida máxima (FMM),
limiar de deglutição (LD) - número de ciclos mastigatórios até a urgência de deglutir e
fluxos salivares estimulado (FE) e não estimulado (FNE), bem como escolaridade e
renda. Observou-se que somente o sexo influenciou na força de mordida, em que os
homens apresentaram FMM significativamente maior que as mulheres (p<0,05). Houve
também correlação positiva significativa entre as variáveis IMC e idade, mostrando que
quanto maior a idade do indivíduo, maior também o seu IMC (r=0,324; p<0,05).
Concluiu-se que as variáveis de fisiologia oral não foram associadas a variação do IMC
na amostra estudada. Porém, o sexo masculino apresentou maior força de mordida e a
idade foi fator associado a variação do IMC. Mais estudos em outras faixas etárias e
com amostras mais representativas em delineamento longitudinal são ainda necessários
para confirmar tais achados.
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio financeiro das agências CAPES e CNPq
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