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Efeito de dietas com silagem de capim corte direto ou pré-secado no consumo e desempenho de touros Nelore em terminação

12 de nov. de 2025 13:30
1h 30m
Centro de Eventos (UFLA)

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Resumo Simples Zootecnia 3º Dia

Descrição

Os sistemas de integração lavoura-pecuária têm sido amplamente adotados no Brasil,
utilizando gramíneas tropicais tanto para cobertura do solo quanto para produção de
silagem. Entretanto, a colheita dessas gramíneas com baixos teores de matéria seca
(20-25% MS) compromete a qualidade da silagem e o consumo pelos animais. Nesse
contexto, a silagem de capim pré-secado surge como alternativa viável. O objetivo
deste estudo foi avaliar os efeitos da silagem de capim corte direto (CD) e da silagem
de capim pré-secado (PS) sobre o consumo e desempenho de touros Nelore em
terminação. O experimento foi conduzido em confinamento comercial no município de
Araguaiana (MT). Os tratamentos consistiram em duas dietas de terminação com as
seguintes fontes de fibra: silagem CD ou PS incluída em 15% MS da dieta. Para a
produção das silagens foi utilizada a forrageira capim Miyagi (Megathyrsus maximus cv.
Miyagi) semeada em um pivô central, sendo a metade do campo colhida como silagem
CD (24% ± 1,4% MS) e a outra metade colhida como PS (45% ± 3,1% MS). As silagens
foram armazenadas por 62 dias em silos individuais até o início do ensaio de
alimentação. Foram utilizados 2.250 touros Nelore (400 ± 27 kg) designados
aleatoriamente para os tratamentos. Os animais foram alojados em 20 baias,
totalizando cerca de 112 animais por baia. O consumo de matéria seca (CMS) foi
calculado como o total de kg de MS entregue a cada baia após a subtração do peso de
restos secos, a flutuação do CMS foi calculada como a diferença na ingestão entre dias
consecutivos e o desempenho foi observado através da pesagem inicial e final dos
animais. Os dados foram analisados em um delineamento inteiramente casualizado
usando o procedimento MIXED do SAS. A baia foi considerada a unidade experimental.
O modelo estatístico considerou os efeitos fixos do tratamento e a baia dentro do
tratamento como um efeito aleatório. Um α de 0,05 determinou significância e um α de
0,06 a 0,10 foi considerado tendência. Os valores de pH foram de 5,6 ± 0,2 e 4,9 ± 0,2
para CD e PS, respectivamente. O ácido butírico não foi encontrado na dieta PS. A
dieta PS apresentou maior CMS (P = 0,03) e menor eficiência alimentar (P = 0,01) em
comparação com a dieta CD. A flutuação no CMS não foi impactada pelas dietas (P =
0,21), mas touros alimentados com dieta CD tenderam (P = 0,08) a apresentar maiores
quantidades de sobras. Embora os tratamentos tenham afetado a ingestão, não foram
obtidas diferenças para peso corporal final, ganho médio diário e rendimento de
carcaça (P> 0,05). Conclui-se que a dieta PS aumentou o CMS, mas não teve efeitos
sobre o desempenho quando administrada a touros em terminação incluída em 15%
MS na dieta. Para confinamentos que consideram adotar a dieta PS, outros fatores,
como perdas de silagem, custos e logística, devem ser avaliados para que a tecnologia
seja viável.

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Autor

Rafaella Rodrigues Prado (UFLA)

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