Descrição
A pandemia de COVID-19 e o isolamento social impuseram uma série de alterações comportamentais e fisiológicas na população idosa. Durante esse período foi observado o aumento do comportamento sedentário, dos níveis de estresse e ansiedade, e também um aumento das queixas de sono e alterações no comportamento alimentar. Dessa forma, o estudo tem por objetivo avaliar parâmetros de saúde como qualidade do sono, estado nutricional, e componentes de fragilidade em idosos da comunidade do município de Lavras, Minas Gerais, antes e após dois anos da pandemia de COVID-19. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Lavras, sob o parecer 5.489.009. O estudo incluiu idosos com 60 anos ou mais, e os dados foram coletados em dois momentos: M1 (2019-2020) - pré-pandemia, e M2 (2022) - pós-pandemia. A qualidade do sono foi avaliada através do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). O consumo alimentar foi avaliado utilizando dois Recordatórios 24h. A avaliação antropométrica incluiu peso, altura, circunferências e Índice de Massa Corporal (IMC) e a composição corporal foi avaliada através de bioimpedância elétrica tetrapolar. Também foram avaliadas a força de preensão palmar (FPP) e a velocidade de marcha (VM). Ao final, 25 idosos (n=25) foram incluídos no estudo, sendo 84% do sexo feminino, com idade média de 69,9±6,88 anos no M1 e 73,1±6,90 anos no M2. Foram observadas alterações significativas entre o M1 e o M2, sendo elas a redução da circunferência da cintura (p<0,001), redução da massa livre de gordura (p=0,007) e o aumento do percentual de gordura (p=0,042). A FPP também foi reduzida no M2 (p<0,001) e o tempo de atividade física moderada e intensa aumentaram (p=0,003) (p=0,044). A qualidade do sono piorou no M2 (p=0,025) de acordo com o PSQI. O consumo alimentar demonstrou uma redução no consumo energético total (p<0,001). Os achados do estudo indicam que dois anos de seguimento, sem intervenções associados ao momento da pandemia de COVID-19 e às medidas de isolamento social, impactaram significativamente na saúde física, nutricional e na qualidade de vida dos idosos.
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