Descrição
Os primeiros mil dias de vida compreende um período crucial no desenvolvimento das relações afetivas, desenvolvimento cognitivo e hábitos alimentares. A alimentação responsiva é caracterizada por uma relação recíproca e respeitosa entre cuidador-bebê, sendo o estilo de alimentação parental ideal. A teoria do apego, proposto por Bowlby, refere-se a padrões de segurança na relação cuidador-criança que infl uenciam diretamente a sensibilidade parental. O estudo objetivou avaliar fatores que se relacionam com alimentação responsiva durante a introdução alimentar. Trata-se de um estudo transversal derivado do projeto “Apego e Alimentação Responsiva na 1ª infância: Avaliação da Relação com Amamentação e Introdução Alimentar” (AAMAR), realizado na Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o parecer nº 7.133.701. Foram incluídas mães ≥ 18 anos com crianças de 6-12 meses, e excluídas mães que não residem em Lavras. A coleta foi realizada por meio de um questionário online (Google Forms®). Foram coletados dados sociodemográfi cos, de caracterização da amostra, Instrumento de Avaliação do Vínculo Afetivo Mãe-Bebê no Pós-Parto e o Infant Feeding Style Questionnaire Brasil. Foi aplicado o teste de Kolmogorov-Smirnov para avaliar a normalidade dos dados e a correlação (Pearson/Spearman), utilizando o software JAMOVI (versão 2.7.5). A amostra foi composta por 83 mães (média idade= 31±5,91 anos; IMC mediana=24,5, IC 16; 42), a maioria era casada (n=42 , 50,6 %), com ensino superior ou mais (n=46, 55,4 %), recebia até 2 salários mínimos (65%), 54,2% planejaram a gravidez e 96,4% desejaram a gravidez. Em relação à alimentação dos bebês 39,8% amamentaram imediatamente após parto e 30,1% até 1 hora depois, 56,6% (47) já ofereceram fórmula infantil. O apego não saudável correlacionou negativamente com a pontuação média da responsividade (r = -0,241; p<0,028), também houve relação negativa com as subescalas (saciedade e atenção), porém sem signifi cância estatística. Conclui-se que quanto maior o apego não saudável (menores níveis de apego), menor será a responsividade na introdução alimentar.
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