10 – 14 de nov. de 2025
UFLA
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Padrões Espaciais de Evapotranspiração em uma Floresta Neotropical do Sudeste de Brasil

11 de nov. de 2025 16:00
1h 30m
Centro de Eventos (UFLA)

Centro de Eventos

UFLA

Avenida Norte - Lavrinhas, Lavras - MG, 37200-900
Resumo Simples Recursos Hídricos 2º Dia

Descrição

Guauque-Mellado Daniel Enrique 11, Mello Carlos Rogeiro 22
1Departamento de Recursos Hídricos/DRH – Universidade Federal de Lavras (UFLA) Caixa Postal 3037 CEP 37203-202 – Lavras, MG – Brasil
daniel.mellado1@estudante.ufla.br, crmello@ufla.br

Palavras-chave: evapotranspiração, variabilidade espaço-temporal, balanço hídrico, geoestatistica, Mata Atlântica.

O presente estudo analisou os padrões espaço-temporais da evapotranspiração (ET) em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual inserido no bioma Mata Atlântica, no sudeste do Brasil, a partir de monitoramento hidrometeorológico contínuo durante sete anos hidrológicos (2014–2020). Para tanto, foi aplicado o balanço hídrico residual, com medições diretas de precipitação (interna e externa), escoamento pelo tronco, armazenamento de água no solo (0–1,0 m) e evapotranspiração observada em 31 pontos de monitoramento. A evapotranspiração diária também foi calculada pelo método do balanço de energia residual e comparada com os valores obtidos no balanço hídrico nos períodos secos. A caracterização espaço-temporal foi realizada por meio da geoestatística, utilizando análise variográfica, ajuste de semivariogramas e krigagem ordinária para interpolação da variabilidade espacial. Os resultados evidenciaram forte variabilidade temporal, com médias diárias de ET de 4,96 mm d⁻¹ na estação chuvosa e 1,55 mm d⁻¹ na estação seca, reduzindo-se a 0,90 mm d⁻¹ em períodos de seca severa (2017–2018), o que refletiu a influência da radiação líquida (≈60% da ET total) e da umidade do solo nos processos de evaporação e transpiração. No aspecto espacial, observou-se baixa a moderada variabilidade (CV < 13%), com maior homogeneidade nos períodos secos; a estrutura espacial foi classificada como moderada a forte nos semivariogramas, mas enfraqueceu nos anos de maior déficit hídrico. A concordância entre os valores modelados e observados foi elevada (NSE = 0,85; erro médio = 13,7%), validando a abordagem metodológica. A análise geoestatística revelou estruturas espaciais de moderadas a fortes, mas menos definidas em anos de déficit hídrico acentuado. Conclui-se que, neste fragmento de Mata Atlântica, a evapotranspiração apresenta comportamento espacial relativamente homogêneo, com padrões consistentes ao longo dos anos, reforçando o papel da floresta como reguladora estável da dinâmica hídrica mesmo sob condições ambientais contrastantes.

Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio financeiro das agências CAPES, CNPq e FAPEMIG.

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Autores

Daniel Enrique Guauque Mellado (UFLA) Carlos Mello (UFLA)

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