10 – 14 de nov. de 2025
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ANÁLISE TEMPORAL DA PRECIPITAÇÃO MÁXIMA E DAS EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS PARA CINCO LOCALIDADES EM SÃO PAULO (1961-2020)

12 de nov. de 2025 16:00
1h 30m
Centro de Eventos (UFLA)

Centro de Eventos

UFLA

Avenida Norte - Lavrinhas, Lavras - MG, 37200-900
Resumo Simples Recursos Hídricos 3º Dia

Descrição

O estudo investiga a distribuição de frequência da precipitação máxima diária anual para cinco localidades no Estado de São Paulo, sendo Atibaia, Itapecerica da Serra, Jundiaí, Piracaia e Tietê. Séries históricas de 1961-1990 e 1991-2020 foram utilizadas para uma análise comparativa dos padrões de precipitação extrema entre os dois períodos. As distribuições de probabilidade de Gumbel e Valor Extremo Generalizado (GEV) foram empregadas, e sua adequação foi validada pelos testes de aderência de Kolmogorov-Smirnov e Qui-quadrado. Os resultados mostraram que a distribuição GEV apresentou o melhor desempenho para 9 das 10 séries analisadas, capturando a distribuição assimétrica das séries, sendo a distribuição Gumbel não adequada pelo teste Qui-quadrado para metade das séries. A análise dos parâmetros da GEV revelou variabilidade espacial e temporal, com predominância de parâmetros de forma negativos, sugerindo limites superiores teóricos para os eventos de precipitação. Com base nos modelos selecionados, foram ajustadas equações de Intensidade-Duração-Frequência (IDF), consideradas ferramentas fundamentais para a engenharia hidrológica. A análise comparativa entre os períodos, que fundamenta a atualização dessas equações, expôs mudanças complexas e não uniformes. Em localidades como Atibaia e Jundiaí, por exemplo, o sinal do parâmetro de forma (k) da GEV se inverteu, indicando uma alteração fundamental na natureza dos eventos extremos. Em contrapartida, em Itapecerica da Serra, Tietê e Piracaia, a característica de uma distribuição com limite superior (k<0) se acentuou no período mais recente. Essa ausência de um padrão consistente de mudança entre as regiões evidencia a complexidade dos padrões de precipitação e reforça a conclusão sobre a necessidade de adotar análises não estacionárias para avaliações de risco mais robustas.

Palavras-chave: Precipitação extrema, Distribuição GEV, Curvas IDF, Modelagem hidrológica, Mudanças climáticas.

Selecione a modalidade do seu trabalho Resumo Simples

Autor

Jasmine Lara Castanheira Bergamo (UFLA)

Co-autores

Carlos Mello (UFLA) Lívia Alves Alvarenga (UFLA) Marcelo Ribeiro Viola (UFLA)

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