Descrição
Palavras-chave: Indicadores sociais; bioenergia florestal; ACV-S.
O aumento da demanda global por produtos florestais e energia tem expandido os plantios de eucalipto no Brasil, que abastecem a siderurgia com carvão vegetal. Minas Gerais lidera essa cadeia, reunindo 24% dos plantios de eucalipto com cerca de 2,3 milhões de hectares destinados majoritariamente à produção de carvão vegetal. Apesar da importância econômica e ambiental, a atividade ainda enfrenta desafios sociais, sobretudo entre pequenos produtores. A metodologia adotada para a Avaliação do Ciclo de Vida Social (ACV-S) segue as normas ISO 14040 e 14044. A coleta de dados incluiu entrevistas em seis Unidades Produtoras de Carvão (UPCs) de pequenos produtores no norte de Minas Gerais (CAAE (Certificado de Apresentação de Apreciação Ética): 88529325.0.0000.5148). A análise considerou aspectos de trabalho, gênero, saúde, segurança e cenários tecnológicos de produção. Os resultados preliminares revelam uma diversidade etária entre os trabalhadores e diferentes formas de contratação, com predomínio da carteira assinada com comissão por rendimento. Embora os EPIs sejam fornecidos, uma delas apresentou condições mais precárias, incluindo a presença de trabalho infantil. O sistema produtivo é semelhante entre as UPCs, com uso de fornos circulares e ciclos de produção de 10 a 12 dias. Os trabalhadores apontaram a necessidade de melhorias nos fornos, como o aumento da altura da porta e a redução da fumaça, que dificulta a realização das atividades. Ainda assim, a maioria avaliou positivamente o cenário, principalmente em função da remuneração, considerada atrativa para a região, embora muitos acreditem que poderia melhorar. Os dados revelam contrastes entre avanços estruturais e persistência de vulnerabilidades no ambiente de trabalho.
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Autor
Guilherme Aguiar
(UFLA)
Co-autores
Kalill Páscoa
(UFLA)
Thiza Falqueto Altoé
(UFLA)
Emily Darc Andrade dos Santos
(UFLA)
Jaqueline da Costa
(UFLA)
Carolina Souza Jarochinski Dellú
(UFLA)
