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VARIAÇÃO ESPACIAL NA DIETA DE ASTYANAX LACUSTRIS (CHARACIDAE) NO RESERVATÓRIO DE FURNAS (MG)

12 de nov. de 2025 13:30
1h 30m
Centro de Eventos (UFLA)

Centro de Eventos

UFLA

Avenida Norte - Lavrinhas, Lavras - MG, 37200-900
Resumo Simples Ecologia Aplicada 3º Dia

Descrição

Luís Otávio Peloso Silvestre, Paulo dos Santos Pompeu,
Departamento de Ecologia e Conservação – Universidade Federal de Lavras (UFLA) Caixa Postal 3037 – 37200-000 – Lavras, MG – Brasil
luis.silvestre1@estudante.ufla.br, pompeu@ufla.br

Palavras-chaves: ecologia trófica, reservatório, peixes, gradiente espacial

Astyanax lacustris é uma espécie de pequeno porte amplamente reconhecida por sua elevada plasticidade alimentar, o que lhe confere notável capacidade de colonização em ambientes impactados, como reservatórios. No reservatório de Furnas (MG), o maior da região Sudeste, essa espécie encontra um cenário de grande heterogeneidade ambiental, resultante tanto do gradiente longitudinal, que separa regiões com características fluviais e lacustres, quanto da diferenciação entre os braços formados pelos rios Grande e Sapucaí. Diante desse contexto, o presente estudo teve como objetivo caracterizar a dieta de A. lacustris ao longo dos diferentes compartimentos do reservatório, buscando compreender em que medida as variações espaciais influenciam seu espectro alimentar. Para tanto, foram analisados os conteúdos estomacais de 80 indivíduos coletados em abril de 2023, abrangendo regiões fluviais e lacustres de ambos os braços. Ao todo, foram identificados 16 itens alimentares distintos, sendo os restos de insetos os mais frequentes (70,8%) e abundantes (26% do volume total). Observou-se que as regiões fluviais apresentaram maior riqueza e volume de itens por indivíduo, sugerindo maior disponibilidade trófica nesses trechos. Contudo, verificou-se que a composição da dieta variou mais intensamente entre os braços do reservatório do que entre as zonas lóticas e lênticas. Enquanto os peixes do braço do rio Grande consumiram predominantemente insetos, aqueles do braço do Sapucaí apresentaram maior ingestão de matéria vegetal. Além disso, microplásticos foram detectados em mais da metade dos estômagos analisados, com maior incidência nas áreas associadas ao rio Grande. Assim, os resultados evidenciam que, embora a espécie responda ao gradiente longitudinal, a segmentação entre os braços exerce influência mais pronunciada sobre sua alimentação, refletindo tanto sua flexibilidade trófica quanto a influência das condições locais sobre a oferta de recursos.

Agradecimentos:
Os autores agradecem o apoio financeiro das agências CAPES, CNPq e FAPEMIG

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Autor

Luís Otávio Peloso Silvestre (UFLA)

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