Descrição
Moçambique é uma das nações mundiais mais vulneráveis às mudanças climáticas, enfrentando riscos sub-quantificados em relação ao estresse térmico. Objetivou-se com o presente estudo, analisar quantitativamente as condições de conforto térmico em cinco localidades do sul de Moçambique. Dados meteorológicos horários das variáveis temperatura e umidade relativa ar, além da velocidade do vento foram utilizados, contemplando um período de 1997 a 2023. Posteriormente, as falhas de dados foram preenchidas e agregados para uma resolução em escala diária. Com base nestas séries históricas, foram calculados o Índice de Temperatura e Umidade (ITU) e o Índice de Desconforto Humano (IDH), sendo as condições térmicas diárias classificadas segundo limiares validados para climas tropicais. Foi possível constatar a partir dos resultados um padrão sazonal de risco térmico. O período de verão (Novembro-Março) concentra a maioria das condições de desconforto, com localidades costeiras registrando mais de 45% dos dias estudados em "Desconforto" ou "Estresse por Calor" (IDH). Severidade também foi observada com base no ITU, que classificou mais de 60% dos dias em Janeiro como de "Perigo". Em contrapartida, o inverno (Junho-Agosto) é predominantemente confortável, embora o IDH tenha detetado episódios de "Desconforto por Frio" (até 10% dos dias em Julho) em Namaacha, o que evidencia uma vulnerabilidade secundária. Em geral, o estudo lança as bases para entender como o calor afeta a população na região, indicando condições severas de estresse por calor no verão e um desconforto pontual por frio no inverno. Neste contexto, estratégias relacionadas à saúde da população devem ser relacionada à saúde e clima.
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