Descrição
A busca por alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis é essencial para mitigar impactos ambientais e atender às metas globais de desenvolvimento sustentável. A macaúba (Acrocomia aculeata) destaca-se devido ao seu alto potencial de produção, de aproximadamente 6 toneladas de óleo por hectare de cultivo, além de absorver CO₂ e
contribuir para a recuperação de áreas degradadas, configurando-se como uma matéria prima promissora para biocombustíveis, particularmente no setor da aviação, caracterizado por alta demanda energética e significativa emissão de gases de efeito estufa (GEE). A presente análise buscou compreender o custo de produção e o preço mínimo de
venda (MSP) do fruto da macaúba, incorporando a taxa mínima de atratividade (TMA). Para isso, foram levantados dados da literatura relacionados aos preços de mudas, áreas degradadas, maquinários, insumos e benfeitorias, organizados em planilhas eletrônicas com o objetivo de avaliar a viabilidade da cadeia produtiva. Os resultados, obtidos a partir de cálculos de fluxo de caixa projetados para 30 anos com uma taxa de desconto de 10% ao ano, indicaram que o MSP do fruto apresentou variação significativa conforme a TMA considerada: para uma TMA de 10%, o MSP foi de R$ 266,08 (US$ 48); para 20%, R$ 367,52 (US$ 66); e para 30%, R$ 503,56 (US$ 90). Esses valores evidenciam a sensibilidade da viabilidade econômica da cultura frente às expectativas de retorno dos
investidores, mas também demonstram o potencial competitivo da macaúba no mercado de biocombustíveis. A incorporação dessa cultura à matriz energética brasileira contribui diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 7 (Energia Acessível e Limpa), o ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis) e o
ODS 13 (Ação contra a Mudança Global do Clima). Além de diversificar a matriz energética, a macaúba pode fomentar a geração de renda no meio rural e colaborar para a redução dos impactos ambientais, reforçando sua relevância estratégica na bioeconomia.
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio financeiro das agências CAPES, CNPq e FAPEMIG
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