Descrição
Palavras-chave: criopreservação, antioxidante, energético
A criopreservação espermática é muito utilizada na produção animal, mas ainda não é aplicada comercialmente na piscicultura de Prochilodus lineatus, popularmente conhecida como curimba. É uma ferramenta essencial para a aquicultura e a conservação, mas frequentemente induz estresse oxidativo, danos estruturais e alterações metabólicas nos espermatozoides, a suplementação de antioxidantes exógenos em meios crioprotetores tem se mostrado uma estratégia promissora para reduzir o estresse oxidativo causado pelo excesso de espécies reativas de oxigênio (ROS) durante a criopreservação. Contudo, as respostas moleculares e dados proteômicos da melatonina no sêmen durante a criopreservação na espécie são inexistentes. O objetivo deste estudo foi investigar as alterações no perfil proteico do sêmen de P. lineatus após a criopreservação com a melatonina. O plasma seminal foi obtido por centrifugação do sêmen, seguido de precipitação proteica, incubação a -20 °C e centrifugação. Os pellets foram lavados, secos e organizados, e após nova precipitação, centrifugação e ressuspensão em solução tampão, foram quantificadas e submetidas à análise proteômica e identificadas 8 proteínas exclusivas. Entre elas, a leucine-rich repeat-containing protein 23, envolvida em interações proteína–proteína e sinalização celular, pode proteger a integridade, essencial para a fertilização. A Endophilin-B1-like isoform X1 regula a dinâmica mitocondrial e a apoptose, e a melatonina pode modular sua expressão, reduzindo a morte celular pós-descongelamento. A Hypoxia up-regulated protein 1, que responde à hipóxia e ao estresse oxidativo, pode ser induzida pela melatonina para proteger contra danos causados por ROS. A Nucleobindin-2a, responsável pela regulação do cálcio intracelular e da secreção hormonal, pode melhorar a homeostase de Ca²⁺, fundamental para a motilidade espermática. Já a fructose-bisphosphate aldolase C-A, enzima da glicólise, fornece ATP necessário para a motilidade espermática, otimizando o metabolismo energético durante o processo de congelamento. A presença exclusiva dessas proteínas no grupo congelado com melatonina indica que a melatonina atua em múltiplas vias protetoras, reduzindo o estresse oxidativo, mantendo a integridade celular e melhorando a eficiência energética.
Agradecimentos
Agradecimento ao apoio financeiro das agências CNPq (Projeto MAI-DAI 68/2022) e a FAPEMIG (projeto APQ-01070-18), além da estação de psicultura da CEMIG.
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