10 – 14 de nov. de 2025
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Encapsulamento de partículas lignocelulósicas com material de mudança de fase: Alternativas para aplicações em matrizes cimentícias

12 de nov. de 2025 13:30
1h 30m
Centro de Eventos (UFLA)

Centro de Eventos

UFLA

Avenida Norte - Lavrinhas, Lavras - MG, 37200-900
Resumo Simples Ciência e Tecnologia da Madeira 3º Dia

Descrição

Palavras-chave: Bioagregados, encapsulamento, phase change material.

O setor da construção civil enfrenta o desafio de reduzir seu impacto ambiental por meio do desenvolvimento de materiais mais sustentáveis e eficientes. Nesse contexto, os bioagregados surgem como uma alternativa por serem recursos renováveis que, além de melhorar o desempenho térmico, podem ser utilizados como suporte para materiais de mudança de fase (PCM). A incorporação de PCM em bioagregados permite o armazenamento e a liberação de energia térmica, contribuindo para a eficiência energética das edificações. Entretanto, a efetividade desse processo depende em grande medida da técnica de encapsulamento empregada, que protege o PCM contra perdas por vazamento. Este estudo avaliou o desempenho de diferentes recobrimentos aplicados a partículas lignocelulósicas impregnadas com PCM, a fim de identificar qual apresenta maior capacidade de retenção e estabilidade para uso potencial em matrizes à base de cimento. Para isso, foram obtidas partículas de madeira de Pinus spp. na serraria da Universidade Federal de Lavras, as quais foram moídas, e o material resultante, peneirado, utilizando peneira com abertura de 5,6 mm, sendo o material retido o utilizado para estudo. Posteriormente, as partículas foram impregnadas com material de mudança de fase de origem vegetal em sistema de vácuo a -650 mmHg, permanecendo sob essa condição por 24 horas. Para o encapsulamento, foram empregados borracha de estireno-butadieno carboxilado (XSBR), resina epóxi e combinações com cargas minerais como areia, pó de grafite e pó de cobre. Após o encapsulamento, as partículas foram submetidas a estufa a 40 ± 2 °C por um período de 60 minutos. Os resultados obtidos ressaltam que os recobrimentos à base de XSBR apresentaram valores de vazamento com perdas médias de 3,55 ± 0,16%, sendo os tratamentos com desempenho mais deficiente. Por outro lado, os recobrimentos com resina epóxi apresentaram desempenhos mais estáveis, como a resina epóxi pura, que obteve vazamento intermediário de 0,69 ± 0,16%, enquanto as combinações com cargas minerais resultaram em desempenho superior tal como o sistema com resina epóxi + pó de grafite que alcançou o menor vazamento médio, com 0,47 ± 0,06 % sendo quem ofereceu encapsulamento mais eficiente e promissor para aplicação em matrizes cimentícias.
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio financeiro das agências CAPES, CNPq e FAPEMIG.

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Autores

Julio Mondragón (UFLA) Saulo Rocha Ferreira (UFLA)

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