Descrição
No Brasil, o uso da madeira em estruturas vem crescendo, e o eucalipto se consolida
como espécie-chave; para verificar estados-limite de serviço e de segurança, é crucial
conhecer sua resposta a cargas pontuais. Dada a anisotropia e a variabilidade do
material, a medição do deslocamento vertical (flecha) e da deformação residual sob
carregamento fornece parâmetros de rigidez e de capacidade de recuperação elástica.
Este estudo teve como finalidade caracterizar o comportamento mecânico de uma peça
de eucalipto submetida a carga concentrada no meio do vão, utilizando um método
experimental de baixo custo. A ênfase foi colocada na rigidez, na magnitude da
deformação e na proporção de recuperação após o descarregamento . Utilizou-se uma
peça serrada (2,47 m × 60,83 mm × 60,56 mm), apoiada de modo a permitir a aplicação
central de 14 incrementos de massa até totalizar 59,6 kg sobre a face tangencial. O
deslocamento vertical foi monitorado com régua graduada, cuja leitura inicial foi de
2,05mm. No limite da carga total disponível, a flecha máxima observada de 1,70 mm
permite determinar um módulo de elasticidade à flexão (MOE) de 26.12 GPa. Após a
retirada completa das massas, foi observada uma deformação residual de 0,07 mm,
equivalente a 4,1% da máxima. Os resultados evidenciam a predominância de
comportamento elástico, com baixa deformação residual e rigidez compatível com
cenários de carregamento pontual que exigem controle de deslocamentos, sustentando o
uso seguro e eficiente do eucalipto em aplicações estruturais.
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