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SIMBIOSES DE RIZÓBIOS COM LEGUMINOSAS FLORESTAIS PREDOMINAM NOS BIOMAS DE MINAS GERAIS

11 de nov. de 2025 13:30
1h 30m
Centro de Eventos (UFLA)

Centro de Eventos

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Avenida Norte - Lavrinhas, Lavras - MG, 37200-900
Resumo Simples Ciência do Solo 2º Dia

Descrição

O ecossistema solo caracteriza-se por uma rede complexa de interações bióticas e abióticas entre diversos seres vivos. Destas, a simbiose entre rizóbios com leguminosas, desempenha um papel fundamental na sustentabilidade dos ecossistemas. Nestas simbioses os rizóbios fixam nitrogênio dentro de estruturas denominadas nódulos nas raízes ou excepcionalmente no caule de leguminosas e em troca recebem fotossintatos da planta. A capacidade de nodulação, ou seja, de estabelecer simbiose com rizóbios, confere uma importante adaptação em ambientes menos férteis. No entanto, apesar do tema ser amplamente estudado, parte significativa das cerca de 20.000 espécies de leguminosas ainda carece de informação acerca de sua capacidade de nodulação (NOD +) e outras já foram demonstradas como não nodulíferas (NOD-). Neste contexto, a capacidade de nodulação foi pesquisada em um levantamento florístico de 910 indivíduos, representando 61 espécies de leguminosas, em áreas dos biomas Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica no estado de Minas Gerais. No total ainda não é conhecida a capacidade de nodular de 16 espécies e 2 gêneros. No Cerrado, 17 espécies avaliadas são capazes de nodular e 4 não nodulam. Neste bioma as espécies mais frequentes foram Tachigali paniculata (NOD+), Platypodium elegans (NOD+) e Copaifera langsdorffii (NOD-). Na Mata Atlântica, 12 espécies são capazes de nodular e 7 não nodulam. Neste bioma as mais frequentes foram C. langsdorffii (NOD-), Machaerium villosum (NOD+) e Senegalia polyphylla, que não possui informação na literatura sobre sua capacidade de nodular ou não (ND). Na Caatinga, 12 espécies são capazes de nodular e 6 não nodulam. Neste bioma predominaram Anadenanthera colubrina (NOD+), Pseudopiptadenia brenanii (NOD+) e Pterocarpus zehntneri (ND). A elevada frequência de espécies nodulíferas nestes biomas indica um papel relevante da fixação biológica de N2 simbiótica na sobrevivência destas espécies e na sustentabilidade do ecossistema. Este levantamento revela ainda lacunas significativas no conhecimento das simbioses de rizóbios com leguminosas, o que reforça a necessidade de estudos futuros sobre diversas espécies.

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Autor

Alice Firmino Donato (UFLA)

Co-autores

Fatima Maria de Souza Moreira (UFLA) Rubens Manoel dos Santos (UFLA)

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