Descrição
O óleo de abacate tem ganhado crescente destaque no setor alimentício, cosmético e farmacêutico devido ao seu perfil lipídico, rico em ácidos graxos insaturados e compostos bioativos de interesse nutricional e funcional. Este trabalho objetivou levantar e comparar os métodos de extração do azeite de abacate, com ênfase em rendimento, qualidade e sustentabilidade. Seguiu-se a metodologia PRISMA, utilizando as bases Scopus, Web of Science e SciELO (2000–2025). Foram selecionados apenas artigos revisados por pares que reportassem dados quantitativos de processo e qualidade. As variáveis de interesse incluíram rendimento (%), índices de acidez e peróxidos, perfil de ácidos graxos, teor de tocoferóis/fitoesteróis, pigmentos e indicadores ambientais quando da utilização de solventes. Após triagem e elegibilidade, restaram 42 estudos. Dentre esses, os métodos de extração avaliados foram: prensagem a frio, extração por solventes (hexano e etanol), CO₂ supercrítico (25–40 MPa; 40–60 °C), extração aquoso-enzimática (pectinases/celulases), extrações assistidas por ultrassom/micro-ondas e extração por fluido pressurizado com etanol/água. A extração por hexano apresentou os maiores rendimentos (18–28%), porém com risco de resíduos e maior propensão oxidativa. A prensagem a frio obteve rendimentos inferiores (8–15%), porém apresentou melhor preservação sensorial e menor formação de peróxidos. O CO₂ supercrítico alcançou rendimentos médios (15–25%), com maior retenção de compostos bioativos. As extrações por ultrassom/micro-ondas reduziram o tempo de processo e alcançaram rendimento satisfatório (10–30%). A rota aquoso-enzimática mostrou-se promissora (10–18%) devido à ausência de solventes orgânicos. A extração etanólica pressurizada resultou em óleos limpos e estáveis (15–22%). O perfil lipídico do azeite do abacate Hass apresentou teores elevados de ácido oleico (55–70%), seguido por palmítico e linoleico, com baixos índices de acidez e peróxidos quando aplicados métodos menos agressivos na extração. Conclui-se que, para óleos premium alimentícios e cosméticos, o CO₂ supercrítico e a prensagem a frio maximizam a qualidade, enquanto para maior produtividade com menor toxicidade, destacam-se o etanol pressurizado e extrações assistidas por ultrassom/micro-ondas.
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