Descrição
Palavras-chave: Colagem, Materiais lignocelulósicos, Propriedades físico-químicas.
A escolha adequada de adesivos é fundamental para garantir a qualidade e a durabilidade de produtos derivados da madeira. Neste contexto, adesivos sintéticos como Uréia-Formaldeído (UF) e Poliuretano (PUR) são amplamente utilizados na indústria madeireira, mas despertam preocupações ambientais devido à presença de compostos tóxicos e à origem não renovável de suas matérias-primas. Como alternativa, adesivos à base de poliol de mamona vêm sendo estudados por apresentarem origem renovável e menor impacto ambiental. Este trabalho teve como objetivo caracterizar físico-quimicamente três tipos de adesivos: UF, PUR sintético e Poliuretano de mamona (PURm), avaliando seus potenciais para aplicação em produtos de madeira. Os adesivos foram submetidos a ensaios laboratoriais para determinação do teor de sólidos, viscosidade, pH e ponto de gelatinização. O adesivo PUR apresentou o maior teor de sólidos (100%), alta viscosidade (11.375,33 cP) e pH ácido (3,65), favorecendo reações rápidas de cura. Já o PURm, com teor de sólidos semelhante (99,19%), apresentou viscosidade significativamente menor (1.316,83 cP) e pH altamente alcalino (14,53), resultando no menor tempo de gelatinização (57 s), o que indica boa reatividade, mesmo com mudanças nas características físico-químicas. Em contraste, o adesivo UF apresentou o menor teor de sólidos (64,85%), viscosidade intermediária (4.836 cP) e pH neutro a levemente alcalino (7,68), o que levou ao maior tempo de gelatinização (300 s), sugerindo baixa reatividade inicial. Apesar dessas diferenças, o PURm se destaca como uma alternativa promissora, combinando desempenho físico adequado com potencial para menor impacto ambiental. Assim, a caracterização físico-química é fundamental para orientar a escolha de adesivos mais eficientes e sustentáveis, especialmente no setor madeireiro. Este trabalho está em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente ao promover alternativas tecnológicas mais limpas (ODS 9), incentivar o uso de matérias-primas renováveis e menos tóxicas (ODS 12) e contribuir para a redução da dependência de compostos de origem fóssil, colaborando com a mitigação das mudanças climáticas (ODS 13).
Agradecimentos: CAPES, CNPq e FAPEMIG.
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