Descrição
As sementes de café são sensíveis à dessecação, o que limita sua longevidade e dificulta a conservação. A liofilização surge como alternativa promissora, mas sua eficiência depende do teor de água inicial e do método de pré-secagem utilizado. Nesse contexto, buscou-se avaliar como diferentes níveis de umidade afetam a qualidade fisiológica das sementes de Coffea arabica L., cultivar MGS Paraíso 2, após a liofilização. Para isso, frutos maduros foram colhidos, processados e as sementes, com teor inicial de 47% de água, foram submetidas à pré-secagem em caixas do tipo gerbox com sílica ativada, até atingirem os teores de 35, 30, 25, 20, 15 e 12% (base úmida - b.u). Posteriormente, foram liofilizadas até cerca de 4–5% b.u. A qualidade fisiológica foi avaliada por teste de germinação, condutividade elétrica e tetrazólio. A liofilização resultou em uma redução significativa na porcentagem de plântulas normais, em comparação com as sementes que não foram liofilizadas e foi totalmente inibida no nível extremo de 5% b.u. A condutividade elétrica se apresentou maior quanto maior o teor de água, porém, alcançou 62,197 µS·cm⁻¹·g⁻¹ em 5% b.u., não diferindo estatisticamente da umidade de 35%, o que indica maior extravasamento de eletrólitos e desorganização das membranas celulares nessas umidades. Em contrapartida, a viabilidade embrionária, avaliada pelo teste de tetrazólio, mostrou-se pouco alterada, mesmo quando a germinação foi comprometida. Conclui-se que a pré-secagem até níveis moderados (20 a 15% b.u.) favorece a manutenção da qualidade fisiológica, enquanto reduções mais intensas resultam em danos severos, inviabilizando a formação de plântulas normais.
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