Descrição
Palavras-chave: Compostos bioativos, Passiflora spp, Qualidade de frutos.
O suco integral do maracujazeiro apresenta compostos bioativos de relevância funcional e nutricional, podendo sua concentração variar entre as espécies. Nesse contexto, a avaliação das propriedades funcionais em diferentes cultivares é essencial para a valorização daquelas cujo potencial ainda não é amplamente conhecido. Este trabalho teve como objetivo avaliar os teores de compostos fenólicos totais e a capacidade antioxidante, determinada pelos métodos DPPH e fosfomolibdênio, presentes no suco integral de seis cultivares de maracujazeiro: BRS Sertão Forte (Passiflora cincinnata) – SF, BRS Sol do Cerrado (P. edulis) – SC, BRS Pérola do Cerrado (P. setacea) – PC, BRS Mel do Cerrado (P. alata) – MC, BRS Rubi do Cerrado (P. edulis × P. edulis) – RC e BRS Maracujá Maçã (P. maliformis) – MM. Os frutos foram colhidos maduros no pomar experimental do Setor de Fruticultura da UFLA. Após a higienização, procedeu-se à extração do suco integral da polpa, realizando a separação do líquido com o auxílio de uma peneira. As análises foram conduzidas em triplicata, com comparação de médias pelo teste de Tukey (p < 0,05). Os teores de fenólicos totais variaram entre 0,55 mg EAG/g e 1,02 mg EAG/g. A cultivar MC apresentou o valor mais elevado, enquanto o cultivar SC apresentou o menor valor. Na atividade antioxidante determinada pelo método DPPH, os valores oscilaram entre 256,42 µmol TE/g e 420,37 µmol TE/g . A cultivar SC apresentou a maior atividade, diferindo de PC, que obteve o menor valor. Pelo método do fosfomolibdênio, a atividade antioxidante variou entre 4,56 µmol TE/g e 15,52 µmol TE/g . O cultivar MC apresentou o maior valor, diferindo estatisticamente de SF, que apresentou a menor atividade antioxidante por este método. Esses resultados evidenciam que a variabilidade genética exerce influência sobre os teores fenólicos e a capacidade antioxidante entre as seis cultivares de maracujazeiro. Tal padrão reforça a existência de grupos semelhantes, ao mesmo tempo em que aponta cultivares específicas com maior potencial funcional. Agradecimentos: FAPEMIG, CAPES, CNPq, EMBRAPA e UFLA.
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