Descrição
As sementes de C. canephora são sensíveis à dessecação e ao frio, o que dificulta sua conservação. A criopreservação é uma alternativa, mas o sucesso está relacionado ao equilíbrio oxidativo mediado por enzimas como a catalase (CAT), responsáveis pela neutralização do peróxido de hidrogênio (H₂O₂). O objetivo foi avaliar a viabilidade de sementes submetidas à secagem e criopreservadas por meio da CAT e do teor de H₂O₂. Sementes de Apoatã IAC 2258 (17 e 18% de água) foram acondicionadas em alumínio ou filó, imersas em N líquido e reaquecidas em banho-maria (45 ºC/2 min). A qualidade fisiológica foi avaliada pelo teste de tetrazólio e pela quantificação de CAT e H₂O₂ em espectrofotômetro. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 2 (umidades) × 3 tratamentos (testemunha sem criopreservação; e criopreservadas em papel alumínio ou filó), com quatro repetições. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e a comparação de médias pelo teste de Scott-Knott (p > 0,05). Sementes com 18% bu mantiveram alta viabilidade (88–90%) e o teor de 17% gerou uma redução desse percentual (70–85%) em todas as embalagens. A atividade da CAT foi superior em 18% bu na embalagem Filó, e em 17% a embalagem de alumínio apresentou os maiores valores de atividade. O H₂O₂ variou conforme teor de água e embalagem, com maiores valores em 18% bu (até 11,36 mmol g⁻¹ MF) e mínimos em 17% (0,08–0,58 mmol g⁻¹ MF). Conclui-se que sementes a 18% bu em alumínio apresentaram melhor desempenho, conciliando viabilidade, atividade antioxidante e controle do H₂O₂.
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