Descrição
Este artigo investiga os determinantes da poluição atmosférica, mensurada pela concentração média de material particulado fino (PM2.5), nos países signatários do Acordo de Paris, com ênfase no papel da inovação tecnológica e da estrutura econômica. Para tanto, utilizou-se um modelo de dados em painel com efeitos fixos, considerando o período de 2016 a 2023, com o objetivo de avaliar a influência de quatro variáveis explicativas: investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), participação de fontes renováveis no consumo energético, produto interno bruto (PIB) per capita e urbanização. Os resultados indicaram que o PIB per capita apresenta relação positiva e significativa com a poluição, sugerindo que o crescimento econômico, no curto prazo, intensifica a degradação ambiental, em consonância com a hipótese da Curva de Kuznets Ambiental. Em contraste, a urbanização mostrou relação negativa e significativa, o que pode indicar que países mais urbanizados dispõem de infraestrutura mais eficiente, tecnologias limpas e políticas ambientais que mitigam os impactos da concentração populacional. Por outro lado, as variáveis associadas à inovação e transição energética, como P&D e energia renovável, não apresentaram efeitos estatisticamente significativos, possivelmente em razão de defasagens temporais, baixa efetividade dos investimentos ou limitações institucionais. O estudo contribui para o debate sobre inovação sustentável ao integrar dimensões econômicas, tecnológicas e ambientais em um único modelo. Além disso, oferece evidências relevantes para a formulação de políticas públicas que conciliem crescimento econômico, urbanização e sustentabilidade, alinhando-se à agenda internacional de enfrentamento às mudanças climáticas e aos compromissos assumidos no âmbito do Acordo de Paris.
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Autores
Ana Paula Carvalho Mandu
(UFLA)
Cristina Calegario
(UFLA)
Jéssica Abreu
(UFLA)