Descrição
A indústria do cimento tem enfrentado crescente pressão para reduzir seu impacto ambiental, especialmente no que diz respeito ao elevado consumo energético e às emissões de dióxido de carbono (CO₂). Desde o início dos anos 2000, o setor vem adotando práticas sustentáveis, como o uso de matérias-primas alternativas e combustíveis menos poluentes, com o objetivo de mitigar os danos ambientais. O concreto, principal produto derivado do cimento, é o segundo material mais consumido no mundo, ficando atrás apenas da água, com uma média de 1,9 tonelada por habitante ao ano. Diante desse cenário, a busca por soluções mais ecológicas que reduzam a dependência do cimento tradicional e promovendo a sustentabilidade na construção civil tem se tornado um grande desafio. Este trabalho propõe uma revisão sistemática sobre o uso de materiais alternativos ao cimento, com foco em três componentes promissores: biochar, nanotubos de carbono e wollastonita. O biochar, obtido por pirólise de resíduos orgânicos, destaca-se por sua capacidade de sequestrar carbono e melhorar as propriedades mecânicas do concreto. Os nanotubos de carbono, por sua vez, oferecem elevada resistência mecânica e potencial para reforço estrutural em compósitos cimentícios. Já a wollastonita, um silicato de cálcio natural, contribui para a durabilidade e estabilidade química dos materiais, além de reduzir a demanda por clínquer. Para alcanças este objetivo, a pesquisa não-experimental, com viés longitudinal e descritivo, baseada na análise, compreensão e interpretação de uma série de artigos científicos, disponibilizados nas mais diversas bases de dados, da referida área, será utilizada. Por sua vez, estas fontes científicas, deverão abordar o desempenho, viabilidade e impactos ambientais desses materiais, aplicados a grande área da construção civil. A pesquisa visa identificar os avanços tecnológicos e as limitações associadas à substituição parcial do cimento, contribuindo para o desenvolvimento de compósitos de alto desempenho e menor pegada de carbono. Assim, o estudo busca fomentar práticas mais sustentáveis na construção civil e ampliar o conhecimento sobre alternativas viáveis ao cimento convencional.
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