10 – 14 de nov. de 2025
UFLA
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Detecção molecular de Salmonella spp. em morcegos do Cerrado mineiro

10 de nov. de 2025 13:30
1h 30m
Centro de Eventos (UFLA)

Centro de Eventos

UFLA

Avenida Norte - Lavrinhas, Lavras - MG, 37200-900
Resumo Simples Ciências Veterinárias 1º Dia

Descrição

O interesse científico pelos morcegos tem aumentado devido ao seu papel como hospedeiros de microrganismos relevantes à saúde única. Embora a maioria dos estudos enfoque vírus, bactérias patogênicas como Salmonella spp. ainda são pouco investigadas. Este agente é relevante em saúde pública, associado a surtos alimentares e prejuízos produtivos, e sua detecção em morcegos contribui para compreender rotas de transmissão e subsidiar estratégias de vigilância integrada. Diante do exposto, este estudo teve como objetivo detectar a presença de DNA de Salmonella spp., utilizando a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR), em amostras de morcegos das áreas abrangidas pelo projeto PELD (Projeto Ecológico de Longa Duração) Veredas. Foram realizadas duas campanhas de coleta em cada área de estudo (Vereda de Peruaçu, Vereda de Pedras e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Porto de Cajueiro (sede), com quatro noites consecutivas por área, totalizando oito noites por estação, durante a estação chuvosa (abril) e seca (outubro) de 2023. Nessa ocasião, foram coletadas amostras de sangue, fígado e baço dos animais. O DNA das amostras foi extraído utilizando o "High Pure PCR Template Preparation Kit" (Roche Molecular Systems, Suíça). O gene ompC foi rastreado para identificação do gênero Salmonella com tamanho 159 pb e com as sequências F 5’ ACCGCTAACGCTCGCCTGTAT 3’ e R 5’ AGAGGTGGACGGGTTGCTGCCGTT 3’. Os produtos da PCR foram visualizados por eletroforese em gel de agarose a 1,5%, corado com brometo de etídio (0,5 mg/mL), utilizando o tampão de corrida Tris-borato-EDTA (TBE). As imagens do gel, foram registradas em um dispositivo transiluminador. Ao todo, foram capturados 172 morcegos, sendo 12 gêneros e 3 famílias, sendo a maioria macho [64,5% (111/172)] e adultos [97,1% (167/172)]. Em relação as amostras, foi possível coletar o sangue de 87 animais, o baço de 146 e o fígado de 80, totalizando 313 amostras analisadas. O DNA de Salmonella spp. foi identificado em seis morcegos de quatro espécies distintas, provenientes de duas áreas amostradas, sendo cinco registros em sangue (Platyrrhinus lineatus, Artibeus lituratus e Glossophaga soricina) e um em baço (Gardnerycteris crenulatum). Esses achados evidenciam a circulação do patógeno em diferentes espécies e localidades, indicando seu potencial papel na manutenção ambiental da bactéria. Ademais, sugerem que morcegos podem atuar como elo na interface entre fauna silvestre, animais domésticos e humanos, ressaltando a relevância de estratégias de vigilância integrada no contexto da saúde única.

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Autores

Amanda Carvalho Rosado Ferreira (UFLA) Beatriz Alvarenga Alves (UFLA) Beatriz Bonani Zuccolotto (UFLA) Elaine Maria Seles Dorneles (UFLA) Helena Oliveira Nobre de Sousa Andrade (UFLA) Leticia Cândido (UFLA)

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