Descrição
Palavras-chave: Jerivá, Caraterização química, Tratamento com NaOH.
O uso de fibras vegetais em compósitos à base de cimento tem recebido crescente atenção devido ao potencial de melhorar propriedades mecânicas, reduzir impactos ambientais e aumentar a durabilidade dos materiais, destacando-se o Jerivá (Syagrus romanzoffiana), ainda pouco explorado. O objetivo é caracterizar a composição química das fibras de Jerivá in natura e após o tratamento alcalino com hidróxido de sódio (NaOH), avaliando a adequação do material para uso em compósitos cimentícios. As fibras foram submetidas a tratamento químico com solução de NaOH, seguido de análises laboratoriais para quantificação de extrativos, lignina e holocelulose. Observou-se redução expressiva no teor de extrativos (de 15,31% para 3,19%), o que favorece maior interação da fibra com a matriz cimentícia. A holocelulose também apresentou queda significativa (de 75,91% para 52,45%), indicando menor susceptibilidade à degradação em meio alcalino. Além disso, verificou-se redução no teor de lignina (de 10,23% para 6,4%), o que implica menor presença de componentes hidrofóbicos, possibilitando melhor adesão fibra-matriz. O tratamento alcalino promoveu alterações químicas relevantes, tornando as fibras de Jerivá mais adequadas para aplicação em compósitos cimentícios, representando uma alternativa promissora para o desenvolvimento de materiais mais duráveis, sustentáveis e de maior desempenho.
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio financeiro das agências CAPES, CNPq e FAPEMIG.
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