Descrição
A busca por combustíveis renováveis é uma pauta mundialmente debatida, visando a diminuição de impactos ambientais negativos. O bioetanol representa uma opção mais sustentável, podendo ser obtido de biomassas como a cana-de-açúcar, no caso do Brasil. Existem outras matérias-primas potenciais para a produção de bioetanol, como a batata-doce, uma cultura de fácil plantio e que resulta em um bom rendimento de etanol. No entanto, por ser uma fonte amilácea, a batata-doce necessita da etapa de hidrólise, que consiste na quebra do amido em monossacarídeos. Ao realizar a hidrólise, a secagem como pré-tratamento pode interferir na quantidade de açúcar obtida ao final. Com isso, o presente trabalho consiste em um estudo acerca das condições de secagem da batata-doce, variando parâmetros e observando sua influência na concentração final de açúcares da hidrólise enzimática, sendo estes: temperatura, tipo de secador e espessura. Foram testados dois tipos de secadores, sendo: a estufa com circulação forçada de ar, na qual as secagens foram feitas nas temperaturas de 100ºC, 75ºC e 50ºC e nas espessuras de 1,5 mm e 3,0 mm; e o secador de micro-ondas com sistema on/off e controle de temperatura, nas temperaturas de 75ºC e 50ºC e 3,0 mm de espessura. Para melhor avaliação, foram construídas as curvas cinéticas das secagens e foi feito o ajuste dos dados experimentais com modelos semi empíricos. Constatou-se que o aumento da temperatura causa a diminuição do tempo de secagem, bem como o aumento das taxas de secagem, além de que o aumento da espessura resulta em maiores tempos de secagem e menores valores de taxas. O secador micro-ondas apresentou taxas de secagem consideravelmente mais elevadas do que a estufa ao início do processo e menores ao final. Os modelos mais adequados para o ajuste dos dados experimentais foi o de Page e Page Modificado. Em relação ao rendimento de açúcares redutores, todas as hidrólises realizadas com a farinha resultaram em maiores concentrações do que a com a batata-doce in natura. A espessura de 3,0 mm se mostrou mais eficiente e, no caso da estufa, a melhor temperatura foi a de 50ºC. Para o micro-ondas, a melhor temperatura foi a de 75ºC, mostrando uma tendência diferente da estufa. No panorama geral, a condição que demonstrou o melhor rendimento foi a secagem em estufa à 50ºC e 3,0 mm de espessura. Na análise energética, concluiu-se que o gasto é maior do que o ganho, não sendo vantajosa a secagem.
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