Descrição
A Mentha arvensis L. é uma espécie de importância econômica devido à produção de óleo essencial rico em mentol, utilizado nas indústrias farmacêutica, alimentícia e cosmética. Entretanto, a propagação convencional apresenta limitações, como baixa taxa de multiplicação e risco de disseminação de doenças. Nesse contexto, a micropropagação surge como alternativa eficiente, permitindo a obtenção de mudas uniformes e de excelente qualidade. Entre os fatores que influenciam o cultivo in vitro, a luminosidade exerce papel determinante, afetando processos fisiológicos, morfogênicos e a biossíntese de compostos de interesse. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes qualidades espectrais de luz no crescimento in vitro de Mentha arvensis. Segmentos nodais de 1 cm foram utilizados como explantes, submetidos a desinfestação em solução de hipoclorito de sódio e inoculados em meio MS suplementado com 15 g L⁻¹ de sacarose e solidificado com 6 g L⁻¹ de ágar. As condições de cultivo foram pH 5,7 ± 1, temperatura de 26 ± 1 °C, fotoperíodo de 16 h e intensidade de 39 µmol m⁻² s⁻¹. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, composto por cinco tratamentos de luz (vermelho, azul, 70% vermelho: 30% azul (70%V:30%A), 30% vermelho: 70% (30% A:70%V) azul e branco), com cinco repetições, totalizando 25 unidades experimentais. Aos 40 dias de cultivo, foram avaliados o comprimento do maior broto e a biomassa seca foliar. A análise de variância indicou diferença significativa entre os tratamentos para ambas as variáveis. O teste de Scott-Knott à 5% de significância revelou que a luz vermelha promoveu o maior alongamento dos brotos, com média de 7,76 cm, destacando-se em relação aos demais tratamentos. Para a biomassa seca foliar, o tratamento(30%A:70%V) apresentou a maior média, alcançando 16,28 mg. Os resultados demonstram que a qualidade espectral da luz influencia diretamente o desenvolvimento in vitro de Mentha arvensis, sendo a luz vermelha mais eficiente para o alongamento caulinar e a combinação (30%A:70%V) mais favorável para o acúmulo de biomassa foliar, contribuindo para a otimização de protocolos de micropropagação.
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