Descrição
Palavras-chave: Modelagem florestal, Equações alométricas, Métodos não destrutivos, Modelagem florestal.
A densitometria por raios-X tem se destacado como uma técnica promissora para estudos de crescimento e estimativa de carbono em florestas tropicais. O método permite medir a variação da densidade da madeira ao longo do raio do tronco, gerando séries anuais associadas aos anéis de crescimento. Quando esses dados são combinados com informações de incremento radial e equações alométricas, torna-se possível estimar o acúmulo de biomassa e carbono de forma mais detalhada do que quando se utilizam apenas valores médios de densidade. Modelos alométricos pantropicais já demonstraram que a inclusão da densidade da madeira melhora significativamente a acurácia das estimativas de biomassa. Estudos recentes indicam que equações que incorporam densidade e altura alcançam coeficientes de determinação elevados (R² ≈ 0,96 em florestas secundárias), superando modelos simplificados. Além disso, pesquisas que avaliaram a variação radial da densidade revelaram que o uso de valores médios pode levar a subestimações entre 5 e 8% da biomassa acima do solo. A utilização de perfis densitométricos corrige esse viés, oferecendo uma visão mais realista do acúmulo de carbono ao longo da vida da árvore. Nesse contexto, destaca-se o potencial da técnica para estudos em plantações homogêneas de espécies nativas na Amazônia, como Tachigali vulgaris. Nessas áreas, a densitometria pode reduzir incertezas na estimativa de estoques de carbono, além de fornecer informações sobre a dinâmica de crescimento e a qualidade da madeira, contribuindo para pesquisas aplicadas ao manejo sustentável e à produção energética. Apesar de desafios operacionais e de calibração, a técnica representa um avanço importante para integrar dendrocronologia e modelagem de biomassa em ambientes tropicais.
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio financeiro das agências CAPES, CNPq e FAPEMIG.
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Autores
Elvis Vieira dos Santos
(UFLA)
Larissa Gonçalves Moraes
(UFLA)
Co-autores
Genilson Maia Corrêa
(UFLA)
Patricia dos Santos
(UFLA)
Thiago de Paula Protásio
(UFLA)