Descrição
Caracterização físico-química do biochar de caroço de açaí produzido em sistema fornos-fornalha: propriedades energéticas e potencial metalúrgico
Alisso L. Carvalho1, Anísio José da Silva Júnior3, Thiago de Paula Protásio1, Tiago J. P. Oliveira2
1Departamento de Ciências Florestais/DCF – Universidade Federal de Lavras (UFLA) Caixa Postal 3037 – 37200-000 – Lavras, MG – Brasil
2Departamento de Engenharia Química e Materiais/DQM – Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Caixa Postal 3037 – 37200-000 – Lavras, MG – Brasil
3INOVI Tecnologia e Meio Ambiente
Empresa– Abaetetuba, PA – Brasil
alisson.carvalho1@estudante.ufla.br, anisiojr@inovitm.com.br; thiagoprotasio@ufla.br, tiago.pires@ufla.br
Palavras-chave: biocarbono, bioredutor, resíduos agrícola, economia circular.
A valorização termoquímica de resíduos agroindustriais representa uma estratégia promissora para diversificação da matriz energética e redução da dependência de redutores fósseis. Neste estudo, avaliou-se o biochar de caroço de açaí produzido em sistema fornos-fornalha, com foco em suas propriedades energéticas e potencial de aplicação metalúrgica. Os biochars apresentaram teores de carbono fixo entre 80,4% e 83,3% base massa seca (bms), baixos teores de voláteis (13–15% bms) e cinzas inferiores a 5% bms. O poder calorífico superior atingiu 32,02 MJ/kg, superando valores reportados na literatura para babaçu (28,84 MJ/kg), casca de café (26,9 MJ/kg) e madeira de eucalipto (31,3 MJ/kg). A densidade a granel foi 480 kg/m³ e a densidade aparente unitária 785 kg/m³, indicando vantagens logísticas para armazenamento e transporte, além de favorecer processos metalúrgicos que necessitem de fontes de carbono com alta densidade como o carbeto de silício. Em termos de qualidade, o biochar apresentou desempenho comparável ao coque de petróleo, consolidando-se como alternativa viável para uso como biocombustível sólido de alta densidade energética e como biorredutor em processos industriais. Esses resultados reforçam o potencial do caroço de açaí como matéria-prima estratégica para aplicações energéticas e metalúrgicas, alinhada a diretrizes de descarbonização e economia circular.
Agradecimentos
Os autores agradecem o apoio financeiro das agências CAPES, CNPq e FAPEMIG.
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