Descrição
O Melão de São Caetano, nome científico Momordica charantia, é amplamente reconhecido por suas potenciais ações farmacológicas anticancerígenas atribuídas aos seus compostos bioativos. A Microscopia Raman(MR) foi empregada para analisar a presença e integridade dos compostos bioativos em frutos e folhas de M. charantia. O material vegetal (folhas e frutos) foram coletados na Universidade Federal de Lavras e abrangeu amostras frescas e secas, permitindo avaliar o efeito dos diferentes tratamentos de conservação sobre a estabilidade química desses compostos. Posteriormente as amostras foram submetidas à análise espectroscópica Raman. Os espectros foram obtidos em sistema Raman confocal modelo Alpha300 Witec, com laser de 785 nm e lentes objetivas de 10× e 50×. A análise buscou identificar similaridades em picos e curvas características correspondentes a compostos fenólicos, proteínas e outras biomoléculas associadas à atividade imunológica e anticancerígena. Os principais picos observados na MR foram identificados no intervalo de aproximadamente 1000 a 1527 cm⁻¹. Em aproximadamente 1150 cm⁻¹, 1222 cm⁻¹ e 1325 cm⁻¹ indicam a assinatura espectral da quercetina e embora alguns dos picos característicos desse composto não tenham sido claramente evidenciados nos resultados, podem ter sido atenuados pela interferência de outros componentes da matriz vegetal. Em 1510 cm⁻¹ foram observados sinais correspondentes a flavonas, de acordo com Uyeki et al. Picos associados a carotenoides surgiram em 1000 cm⁻¹ e 1527 cm⁻¹, enquanto celulose e outros componentes estruturais da parede celular foram detectados em 1095 cm⁻¹, e fenóis, taninos e lipídios em 1380 cm⁻¹ e 2900 cm⁻¹, conforme Dhanani et al. e Sanchez et al. Estes metabólitos secundários estão relacionados a atividades biológicas relevantes, incluindo ação antioxidante, anti-inflamatória e anticancerígena, caracterizando-os como compostos bioativos. A RM demonstrou-se eficaz na verificação da estabilidade desses compostos, indicando seu potencial uso em formulações farmacêuticas. Os resultados reforçam o potencial dos compostos de Melão de São Caetano como base para o desenvolvimento de imunoterapias.
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