Descrição
As emoções humanas possuem diversos significados e influenciam diretamente a interação cultural e social, bem como os processos formativos. Neste trabalho, busco compreender como as emoções vivenciadas durante o meu percurso no mestrado impactaram a minha construção identitária como pesquisadora. O objetivo principal é analisar, a partir dos 67 diários reflexivos escritos no primeiro ano da pós-graduação, alguns excertos que relatam emoções experienciadas, desafios enfrentados e de que modo esses elementos contribuíram para a minha formação acadêmica. A pesquisa segue uma abordagem qualitativo-interpretativa (Paiva, 2019), inserida no campo da pesquisa narrativa autobiográfica, complementada por uma análise linguística apoiada na Linguística Sistêmico-Funcional (Fuzer & Cabral, 2014), com foco no sistema de Avaliatividade (Martin & White, 2005). Os resultados indicam a recorrência de emoções como ansiedade, medo, insegurança, assim como emoções como satisfação e superação, evidenciadas em escolhas linguísticas que revelam meu posicionamento afetivo diante de situações acadêmicas. Constatou-se também que a escrita dos diários funcionou não apenas como registro das emoções, mas também como prática de autorreflexão e ressignificação das experiências, favorecendo o letramento emocional (Barcelos, 2024) e fortalecendo minha identidade como pesquisadora em Letras. Conclui-se que as emoções desempenham papel importante no engajamento acadêmico, atuando como mediadoras da aprendizagem e da construção identitária. Além disso, a pesquisa contribui para a Linguística Aplicada ao discutir as emoções em contextos acadêmicos e sua relação com a formação de pesquisadores, ancorando-se em evidências linguísticas.
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