Descrição
O arsênio (As) é um elemento muito tóxico, com graves riscos aos recursos naturais e à saúde humana, mas é, semelhante ao fósforo, fortemente retido por sorção em óxidos de Fe e Al. Neste trabalho, objetivamos testar o potencial de adsorção de As por alguns amenizantes (sorbentes) naturais derivados de solos: laterita (petroplintita de Bom Sucesso-MG) moída, e terra fina seca ao ar (TFSA) de um Latosso gibbsítico (Ijaci-MG), agindo sobre um rejeito de mineração de ouro com >300 mg/Kg de As. Para o experimento em vasos, foram utilizadas 3 repetições de cada amenizante em proporções de 100:1, 100:10 e 100:20 (rejeito/amenizante). Após homogeneização, as misturas foram incubadas em capacidade de campo a 25°C, recebendo água diariamente durante 2 meses, para que a reação de interação do As com os óxidos pudesse acontecer. Após esse período, procedeu-se às análises de arsênio solúvel em água e disponível em Mehlich-I, e testes estatísticos de comparação de médias. O teor de As dissolvido em água no rejeito incubado sem amenizante foi de 2,94 mg/L, caindo fortemente para 0,04 mg/L usando solo gibbsítico ou laterita moída na proporção 100:10, e 0,02 mg/L na proporção 100:20. Na proporção com o solo gibbsítico 100:1, o As-água caiu bem menos, ca. 1,92 mg/L. O teor de As-Mehlich no rejeito incubado sem amenizante foi de 5,96 mg/L, caindo para ca. 3,46 mg/L com laterita e solo gibbsítico na proporção 100:10 e 100:20. Porém, na proporção 100:1, caiu apenas um pouco na laterita, para 5,05 mg/L., sem efeito significativo para o solo gibbsítico. Conclui-se que a adição de amenizantes derivados de solo representa uma alternativa viável e de baixo custo para a redução da disponibilidade de As em rejeitos contaminados. Os resultados sugerem ainda que a proporção ideal de rejeito:sorbente deve ser entre 100/(8 a 12).
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