Descrição
A aplicação de microalgas no tratamento de águas residuárias tem se destacado por estar associada a soluções baseadas na natureza, caracterizadas pelo baixo consumo de energia e pela facilidade de operação, além de possibilitar a recuperação de recursos e a valorização da biomassa gerada, com diferentes aplicações, especialmente na agricultura. Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência de lagoas de alta taxa (LATs) no tratamento de esgoto bruto, bem como sua utilização como etapa complementar no tratamento de efluentes provenientes de reatores UASB, comparando o desempenho obtido em cada condição. As LATs foram operadas em bateladas, com monitoramento de pH, oxigênio dissolvido e clorofila-a a cada dois dias. As variáveis nitrogênio amoniacal, fosfato, demanda química de oxigênio (DQO) e sólidos suspensos voláteis (SSV) foram quantificadas no início e ao final do experimento. O pico de clorofila-a ocorreu no sexto dia, atingindo 4,5 mg·L⁻¹ no esgoto bruto, sem diferença estatística em relação ao sistema pós-UASB (p > 0,05). Observou-se remoção completa de nitrogênio amoniacal e redução média de 34% na concentração de fosfato. A DQO solúvel apresentou aumento de 69,6% no esgoto bruto e 247,6% no pós-UASB, efeito associado à presença de metabólitos algais. Os resultados indicam que o carbono atuou como nutriente limitante em ambos os sistemas, sugerindo a integração com efluentes ricos em C para otimizar o crescimento da biomassa. Conclui-se que as lagoas de alta taxa apresentam elevado potencial para o tratamento de esgoto e geração de biomassa algal.
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